Alô Bellintani! Roupa de Homem não cabe em menino!!!

Alô Bellintani! Roupa de Homem não cabe em menino!!!

"A reformulação prometida para o futebol, na sua campanha pela reeleição, piorou"

Alô Bellintani! Roupa de Homem não cabe em menino!!!

Acompanhando como sempre as coisas e acontecimentos do Esporte Clube Bahia, afirmava que o maior problema do Bahia, em relação ao inferno astral que estamos vivendo já há 04 anos, não era exatamente dentro das 4 linhas, tampouco o treinador (sempre defendi o Dado Cavalcanti) e que tinha nome e sobrenome: Guilherme Bellintani!

 

Aguardei a mudança no comando técnico para ver se estava certo ou não.  Não acreditava que o Dado era o principal responsável pelos graves problemas e, hoje, imagino que a minha humilde tese estava correta.  Contrataram equivocadamente um treinador argentino e as coisas não melhoraram em nada, ao contrário, percebemos uma queda mais bruta ainda.

Por que critico o Bellintani e o responsabilizo por esse desastre de proporções ainda desconhecidas?

Primeiro gostaria de dizer que ele teve o meu voto para o seu primeiro mandato (não pro segundo) quando, apesar de não o conhecer, imaginava que era uma pessoa que daria continuidade aos trabalhos do Marcelo Santana (fez um excelente trabalho), levando a crer que o Bahia iria crescer na medida de nos levar à disputa de títulos importantes.

Gostaria de dizer ainda que nada tenho de pessoal contra o mesmo e não sou “viúva” dos Guimarães.  Sei que ser Presidente do Bahia não é uma tarefa fácil que envolve dedicação exclusiva e de praticamente 24 horas por dia.  Sei ainda que a PANDEMIA, e suas consequências, tornaram as coisas mais complicadas ainda, entendo que os outros Clubes também estiveram expostos nessas mesmas condições e, sem muitas dificuldades fazem um melhor campanha.

Mas, vamos ao ponto:   o que acontece no Bahia, hoje, é fruto de uma série de desaventos, tal qual um desastre aéreo, quando vão se somando fatores que culminam com o acidente.

A reformulação prometida para o futebol, na sua campanha pela reeleição, piorou o que já vinha apresentando fadigas. Trocou o Cerri, Diretor de Futebol, pelo Drubusky que, ano-após-ano, vinha colocando o Sport em sérios riscos de um rebaixamento, no Brasileirão.  Qual o critério que o presidente utilizou para delegar, à esta pessoa, o importante e crucial cargo para a execução da atividade principal do Clube?

O Bahia planejou mal as temporadas 20/21 quando montou um elenco sem muita qualidade e com alguns excessos e carências em algumas posições como, por exemplo, o excessivo número de volantes e uma enorme carência para a zaga e laterais.  Uma posição crítica no meio campo, com um homem de criação e outra para o ataque, com a carência de um homem gol, também foi bastante sentida.

O Bahia retroagiu na sua política de contratações quando voltou à contratar jogadores idosos e fora de forma, como exemplo o Elias, à pedido do ultrapassadíssimo Mano Menezes que também veio passear no Nordeste, tentando se recuperar como treinador.

Lembro ainda que temos uma máxima de que um bom time começa por um bom/ótimo goleiro… o Bellintani não teve o cuidado de recomendar e exigir do seu Diretor de Futebol que buscasse contratar um goleio robusto e de qualidade. O resultado foi que muitos dos pontos perdidos, nessa competição, tiveram origem nas falhas dos seus goleiros que, apesar de ser alternarem na meta tricolor, erraram muito. Quando foram contratar, trouxeram um goleiro “chinelinho” conhecido com o rei das contusões que, quando foi utilizado, também não foi feliz na missão de evitar gols.

Outro aspecto importante foi o atraso na folha de pagamento dos jogadores e funcionários nos trazendo uma sensação de que a gestão administrativa financeira tem sérios problemas, segundo o próprio presidente, de difícil solução em curto e médio prazos. Justificou que a PANDEMIA trouxe sérias complicações financeiras com a redução de receitas importantes tais como o público no Estádio e a grande redução verificada no quadro de sócios adimplentes.

Os perigos da degola, via de regra, passam pelas seguintes condições:  elenco mal formado em número e qualidade;  troca de treinadores; e, falta de pagamento aos jogadores.  Infelizmente, nessa temporada o Bahia sofre de todos esse problemas…

A PANDEMIA realmente comprometeu a renda da população em geral criando uma suspensão de pagamentos de coisas que poderiam esperar.  Pondero, entretanto, que uma significativa parte dos que entraram na inadimplência, ou deixaram a condição de associados, foi em função dos péssimos resultados do time em campo com desclassificações ridículas e perda de títulos para clubes nem tanto competitivos.

Quanto o Bahia perdeu com as desclassificações e perda de títulos? Claro que isso se constitui em grandes PREJUÍZOS aos cofres do Clube e que tiram os necessários recursos para uma melhor gestão. Esses prejuízos devem ser considerados antes de se chorar pelos problemas como advindos da PANDEMIA!

O Bellintani herdou o Bahia com uma dívida de R$ 120 milhões! Após seus 4 anos, na presidência, fala em uma dívida de R$ 200 milhões… O que houve? A tal gestão moderna priorizou o Marketing no Clube esquecendo que a atividade fim do Clube é o Futebol! O marketing, a meu ver, é secundário e decorrente do sucesso do Clube nas competições em que participa. Qual o anunciante/patrocinador vai investir num clube perdedor?

Sei que o momento é delicado e que o Bahia ainda tem todas as condições de reverter esse acidente em curso, na série A! Entretanto, precisamos cobrar ao Presidente Bellintani e aos Conselhos Fiscal e Consultivo que procurem rever a situação atacando prioritariamente aos problemas mais graves para que possamos sobreviver por mais uma temporada na série A!!!

Acorda Bellintani!!!

Paulo Fernando, sócio-torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

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Redação Futebol Baiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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