Fala, Nação Tricolor. Ontem o jogo acabou muito tarde, era um triunfo depois de muito tempo sem vencer e achei melhor esperar passar a noite para escrever com o distanciamento necessário, evitando euforia. Vamos a resenha de Bahia x Fortaleza, estreia de Rodallega como titular, no dia do aniversário da Tricolor Neuma Caldas Lima.
KARÁI, VÉI! PQP! QUE PORRA FOI AQUELA? O NEGÃO METEU 4 GOLS NUMA PARTIDA DE SÉRIE A, CANTOU, METEU DANÇA, PEDIU O HINO DO BAHIA, FOI CHAMADO DE CUMPADI WASHINGTON (MAS PARECE MAIS O BETO JAMAICA), FALOU “TRIUNFO”, GOLEOU O 3° COLOCADO E TIROU O BAHIA DE UM JEJUM DE 8 PARTIDAS SEM VENCER, ELOGIOU O PROTESTO DA TORCIDA, LARGOU UM “CARAJO” NA ENTREVISTA E TUDO ISSO NO PRIMEIRO JOGO DELE COMO TITULAR.
Mas agora, voltemos à razão.
Esse mesmo jogador é aquele que entrou em campo andando com o outro treinador. Que vim aqui descer a ripa nesse sacana, por entrar em campo parecendo que estava saindo aos 40 do segundo tempo. Que a Torcida chamou de péssima contratação e questionou pra que serve o DADE. Lembram?
O que mudou?
O time do Bahia ontem parecia querer vencer. Longe daquele time apático dos 10 últimos jogos, que tocava lateralmente a bola até irritar qualquer monge budista Tricolor, recuando toda hora pro goleiro, marcando com linhas bem baixas e que parecia que só Rossi, Nino e Mugni tinham recebido salário.
O Bahia de Dabove, em 2 jogos, jogou o tempo todo pressionando o adversário e querendo o gol. Dominou as ações no primeiro tempo. Anulou as principais características do bom time do Fortaleza, que veio armado com uma linha de 5 pra conter nossos laterais, mostrou qualidade técnica, paciência e um controle emocional que nem pênalti perdido abalou. Sem contar a vontade de vencer, explícita nas palavras do treinador, que com 4×2 no placar, aos 44 minutos do segundo tempo, gritava “dá-lhe, dá-lhe, Luizão. Agressivo”. Isso é Bahia.
A saída de Patrick mudou a cara do time, também. Que partidaça de Lucas Araujo. Jogou muito e recua menos a bola.
O Bahia perdeu pênalti, com Rodriguinho, mas não se abalou. Tomou 2 gols relâmpagos e foi lá e fez mais um. Parou aquela presepada, a la Diniz, de ficar saindo a bola com os zagueiros na linha da pequena área. O time teve mais posse de bola e errou muito pouco passe, mesmo com a pressão do Fortaleza.
Foi um rolê aleatório maravilhoso. Com Maycon Douglas de coadjuvante, entrando muito bem no lugar de Rossi, que já tinha voltado a dar assistência pra gol, mas se machucou. Com um heroi improvável, menos pra Ricardo Maracajá que disse que o colombiano tava “voando fisicamente”.
E o melhor. Tudo isso depois de uma antecipação bizarra de Conti, logo no início do jogo, onde os caras perderam um gol de cara com Matheus Teixeira.
Parece que a confiança voltou!
BORA BAÊA MINHA PORRA!
OBRIGADO, DABOVE POR ME FAZER VOLTAR A TER VONTADE ASSISTIR MEU TIME ATÉ O FINAL.
Rodallega, como disse o Alex Carmo, você tá preparado pra virar ídolo dessa Torcida? Porque na história do clube já entrou, como o único jogador a fazer 4 gols num jogo de brasileirão, como lembrou o amigão, Fred do Chame-Chame. Antes dele, só 3 jogadores havia feito 4 gols, num mesmo jogo, no Braisleirão (1971-2021): Neymar, do Santos, contra o Athletico, 2011. Fred do Flu, contra o Grêmio, 2011. E Willian do Cruzeiro, no Figueirense, 2015.
Bellintani, já se recuperou do piripaque? Agora foco na missão, viu sacana? Tá nada bom ainda não.
E aqui, fica um desabafo. Eu ia ficar muito puto de perder pra um time com Tinga, Titi e Jackson, mesmo eles fazendo uma campanha histórica para o Nordeste.