Fala Nação Tricolor. Voltei. Assim como a garra do time do Bahia. O Tricolor entrou em campo completamente desacreditado pela mídia lá de baixo. O narrador chegava a dizer que “o Galo é um dos maiores times do Brasil e o Bahia… segue lutando pra se afastar da zona de rebaixamento”. Mas é carnaval, e nisso mineiro não ganha pra gente nem a pau (com exceção da mineira que me colocou no mundo. Beijo, mãe!). E na folia momesca o bicho pega.
O Bahia botou o bloco na rua logo aos 30 segundos, com uma disparada de Gabriel pela esquerda, que passou pra Rodriguinho, que passou limpa pra Rossi. Mas aí o búfalo, sozinho com o goleiro, tirou dele e acertou a trave. Em seguida, pelo outro lado, Nino dispara e toca livre pra Gabriel, de frente com o goleiro dos caras, tocar fraco e ele tirar. Na sobra, Nino chuta no zagueiro, sobra pra Rodriguinho e ele acerta o miserável do Réver (Como joga esse miserável. Lembra muito meus tempos de zagueiro, quando em vida…).
Parecia que seria festa. Mas logo depois o Galo cresceu. Passou a dominar o meio de campo, tocar de lá pra cá e cruzar na área. Numa dessas, no único vacilo que Rossi deu pro miserável do Aranas, ele acerta o cruzamento pro gol da filha de Xuxa. 1×0 pros caras.
Eram 20 minutos de jogo e parecia que o Bahia tinha morrido em campo. O time só voltaria a atacar aos 40. Com Nino correndo feito ladrão na Ondina, e largando Rodriguinho de cara pro gol. O xibungo tirou do goleiro e da trave.
No lance seguinte eu viajei no tempo. Saída errada dos caras, o centroavante rouba a bola e dispara sozinho em direção ao gol, contra o Galo. Mas era Gabriel e não Gilberto. Ele tentou, de novo, dar cavadinha em Everson e perdeu a melhor chance do jogo. Era o último lance do primeiro tempo e saímos no prejú.
Começa o segundo tempo e a ansiedade era do “pipoca” que fica na Piedade esperando o Chicrete, afinal o time tinha acabado em cima na etapa final: e lá vem a zorra! Rossi desce virado na porra pela direita, deixa zagueiro pra trás, invade a área e dá uma porrada pro gol, no melhor estilo: peeeega, quenga! 1×1.
E aí, aos 5 minutos do segundo tempo, a expectativa passou a ser, “vai que dá” ou “segura que tá bom”? Mas os donos da casa nem deixaram muito tempo pra essa dúvida. Pressionaram o Bahia, que manteve as linhas baixas, como estava desde o início do jogo. Esperando o Galo pra pegar eles na cocó. Aos 20 minutos entrou Elton entrou no lugar do Patrick, que fazia uma grande partida e saiu morto. Aí as orações precisaram ser diversificadas de forma mais ecumênica. Mas pra queimar minha língua o sacaninha me dá uma patada de fora da área e balança o travessão do Galo aos 25 minutos. Ninguém esperava. Nem ele, eu acho.
Com a defesa muito bem postada, diga-se de passagem, os donos da casa viveram de bola aérea. Mas não acharam nada. E quando passavam pela zaga paravam em Claus, que mesmo com uma perna só, agarrou muito e mostrou que é opção pra Douglas.
Gabriel ainda perdeu outro gol na disparada, mas já tava com as pernas mais pesadas que folião no Encontro dos Trios na Castro Alves (sim, porque eu sou dazantigas). E fim de papo.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Claus pegou muito, Nino acabou com Marrone, Rossi botou Aranas no bolso, Gregore merece uma estátua, Patrick estreou bem, Lucas Fonseca é meio time, Gabriel perde gol demais, Rodriguinho é melhor mais na frente, Juninho e Elton ainda me dão medo.
Parabéns, Dado. A estratégia deu certo e quase saímos com o triunfo. Precisamos destacar a garra do time, a entrega dos jogadores e a força que a equipe mostrou ao tirar da disputa pelo título, um dos 3 melhores times da temporada, na casa deles.
Agora é partir com gosto de gás pra cima do Fortaleza, lá. Outra pedreira, mas como diria o grande Mahatma Gandhi: aqui é Baêa, Porra!
