Gestor do Esporte Clube Bahia no triênio (2015-2017) tendo uma boa gestão com acesso à Série A, título baiano e da Copa do Nordeste e conseguindo resgatar uma identidade apagada e entregar para o seu sucessor (Guilherme Bellintani) um clube mais estruturado e organizado do que estava quando assumiu, o ex-presidente Marcelo Sant’Ana, através de publicação na sua conta do Twitter, contestou alguns pontos abordados na análise feita por analistas do Itaú BBA e publicada pelo site Globoesporte alertando sobre as finanças do clube. O ex-dirigente do tricolor baiano apontou algumas informações que foram ignoradas.
O ex-mandatário escreveu o seguinte:
“Infos sobre 2017 do Bahia ignoradas na análise:
– Dos R$11 milhões de endividamento, R$7.8 milhões reconhecimento de dívidas pré-2015
– R$6.5 milhões da recompra de 2 CTs
– Volta à Série A e compra de atletas
– Vendas 2017 pós-eleição de Jean, Capixaba e Rômulo são receitas 2018”
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De acordo com estudo feito pelos analistas do Itaú BBA, as receitas do Bahia aumentaram em 2017, no entanto, os gastos e dívidas também, alertando que “O Bahia vinha de gestões equilibradas, mas em 2017 vimos uma mudança de tendência”. O aumento de receitas é consequência de quase R$ 13 milhões a mais em direitos de TV e quase R$ 7 milhões a mais em bilheteria e associados.
Ainda segundo o relatório, as despesas cresceram junto, inclusive os custos do futebol, que foram de R$ 56 milhões para R$ 69 milhões. Como consequência, o clube acabou tendo geração de caixa negativa. Também houve crescimento na dívida – de R$ 151 milhões para R$ 162 milhões, valores inferiores àqueles de boa parte dos clubes da Série A.
De modo geral, a análise chama atenção para o fato de “despesas e custos continuarem crescendo e ocupando o salto de receitas”, ao passo que “investimentos gerais não mudaram muito, nem as dívidas”. E lembra: “O Profut começará a vencer, as regras de distribuição de direitos de TV mudarão, e isso vai pressionar o fluxo de caixa dos clubes em 2019”.