O Estádio Manoel Barradas Carneiro completa neste sábado 31 anos de construção. O Equipamento é visto como orgulho pelos torcedores do Leão e determinante e decisivo para o crescimento do clube nos últimos anos e o maior patrimônio, não apenas do Vitória, mas da história de do futebol baiano. Para comemorar a data, o site oficial do Vitória relembrar um pouco da sua história do estádio.
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DÉCADA DE 80
Não foi fácil transformar o sonho em realidade. Para sair do papel, o Barradão deu trabalho. Para se ter uma ideia, em 1983, somente para fazer a terraplanagem, foi necessária a retirada de 100 mil metros cúbicos de terra das encostas para tornar a construção viável, como consta no livro Barradão: alegria, emoção e Vitória, dos autores Alexandro Ramos Ribeiro e Luciano Souza Santos. Sem contar que o dinheiro era curto e o Leão teve que se virar nos 30. Ou melhor, nos quinhentos. Para arrecadar mais recursos para a construção, o rubro-negro vendeu 500 cadeiras cativas vitalícias, em 1984. No mesmo ano, o primeiro triunfo. Foi finalizado o primeiro lance de arquibancada do estádio. Em 1985, ainda para levantar mais recursos, o Vitória lança seu mais novo hino, que se eternizou na voz de Ivete Sangalo. Na época, a campanha se chamava “Este hino vai levantar o Estádio”. Foram impressos mais de 5 mil compactos com o hino de autoria de Walter Queiroz Júnior. Porém, a felicidade maior aconteceu numa terça-feira do dia 11 de novembro de 1986. O Vitória faria seu primeiro jogo no Barradão, diante do Santos. O duelo terminou em 1 a 1 e o primeiro jogador do Leão a marcar no Santuário foi Heider.
DÉCADA DE 90
O status de ser o único clube baiano com estádio próprio custava caro. Mesmo com a estrutura formada, era difícil manter o Barradão. Era constante, o roubo de materiais do estádio, que perdia o brilho com o passar do tempo. Foi necessário colocar a mão na obra novamente. No dia 25 de agosto de 1991, o Barradão é reinaugurado, com um jogo diante do Olímpia, também empatado em 1 a 1. No mesmo ano, o Vitória faria seu primeiro jogo oficial, contra o Serrano, pelo Baianão. O Vitória goleou por 4 a 0. Também foi um ano de mudanças na comunidade da antiga Canabrava. Com a chegada do estádio, o bairro ganhou mais atenção e vias como a Arthemio Valente foram construídas. A mudança completa começou a partir de 1994, quando foram inaugurados os refletores do estádio e, em 1995, quando houve a finalização das arquibancadas, ampliando a capacidade do estádio para 35 mil. Começava ali a hegemonia do Leão. Em 1995, o primeiro título no Manoel Barradas, pelo Baiano. Em 1997, o primeiro Nordestão no santuário. Em 1997, o primeiro tricampeonato baiano na história do clube.
DÉCADA 00
Em 2000, o Leão estabelece o recorde de público no Barradão, número que nunca foi quebrado. Na final do primeiro turno, contra o Juazeiro, 51.200 pessoas assistiram ao duelo, sendo 43.424 pagantes. O Vitória venceu, por 2 a 0. Em 2005, o Vitória aplica a maior goleada no seu rival, pelo Campeonato Baiano da época. O Ba-Vi terminou 6 a 2 para os rubro-negros. No Ba-Vi do dia 11 de janeiro de 2006, o Vitória vence o rival por 2 a 1, completando 18 jogos de invencibilidade em clássicos no Barradão. A marca começou em 1998. Em 2009, Neto Baiano faz o milésimo gol do Barradão, contra o Atlético Mineiro, pela Copa do Brasil. O Vitória venceu por 3 a 0.
DÉCADA 10
Em 2010, o Vitória faz sua primeira final nacional no Barradão, pela Copa do Brasil. O Leão venceu o Santos de Neymar, por 2 a 1, mas acaba ficando sem o título, pois havia perdido no jogo de ida, por 2 a 0. No mesmo ano, mas válido pelo Campeonato Brasileiro, o Vitória vence o Vasco, por 4 a 2, no jogo de número 500 do Barradão. O reconhecimento internacional do estádio aconteceu em 2013. A FIFA estabeleceu o Barradão como Centro de Treinamento para a Copa das Confederações realizada no Brasil. A tetracampeã Itália foi uma das seleções que treinaram no estádio. No ano seguinte, o Barradão é entregue para ser, novamente, Centro de Treinamento para seleções, desta vez para a Copa do Mundo. Atualmente, por conta das regras da FIFA e, posteriormente, da ABNT, a capacidade do Barradão teve que ser alterada para 30.618 pessoas.
Muitas décadas ainda estão por vir, muitos feitos e momentos importantes da história do clube ainda terão como palco, o Barradão. Nosso estádio. Nosso maior patrimônio concreto.