Com a presença de Dorival Júnior, Taça dos Povos Indígenas define grupos para a sua 1ª edição

Evento na sede da CBF, no Rio de Janeiro, conta com representantes de 12 etnias e abertura do presidente Ednaldo Rodrigues.

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

A primeira Taça dos Povos Indígenas teve a sua largada nesta quinta-feira (26), com o sorteio dos grupos para a etapa do Centro-Oeste, em evento realizado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro.

O técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, estiveram presentes na cerimônia, acompanharam as apresentações das etnias indígenas e a introdução de suas equipes. Os 12 times que disputarão a primeira etapa, que começará no dia 26 de novembro, receberam seus mantos para o torneio e descobriram as suas chaves.

“Carrego no sangue, com muito orgulho, esta ancestralidade. A Taça dos Povos Indígenas é uma grande oportunidade para reafirmar esta identidade e promover, por meio do futebol, o resgate e a celebração da força de nossa cultura. E mais que uma simples competição esportiva, representa a luta por um futuro de dignidade, respeito e inclusão. A CBF quer e vai estar ao lado disso, assumindo a sua responsabilidade de pensar o futebol muito além das quatro linhas e muito além do futebol profissional”, disse Ednaldo, durante a celebração.

A apresentação do sorteio foi realizada pelos artistas Klebber Toledo e Zahy Tentehar, que receberam no palco o ministro em exercício dos Povos Indígenas, Luiz Eloy Terena, o secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor no Ministério do Esporte, o ex-atleta Athirson, e também Líbia Miranda, CEO da FourX Entertainment, organizadora da Taça.

“Hoje, no Brasil, são aproximadamente 1,6 milhão de indígenas e mais de 300 etnias. Todas elas são únicas, possuem suas histórias, suas crenças, seus hábitos, suas dificuldades e seus anseios. Precisam ser ouvidas, valorizadas e respeitadas. Então, a Taça dos Povos Indígenas vem para trazer o esporte, a conscientização, a transformação, a igualdade e a união”, destaca Líbia Miranda.

Os jogos serão disputados na Aldeia Multiétnica, localizada em uma área de preservação próxima a Alto Paraíso de Goiás (GO), no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.

Durante os dias do evento haverá shows, apresentações típicas e um momento onde as diferentes etnias poderão se conhecer, entender as semelhanças, as diferenças e os desafios por elas enfrentados. Além disso, debates e encontros também serão promovidos para fortalecer o legado indígena.

Ao longo das etapas, a Taça dos Povos Indígenas receberá representantes da ONU, da Fifa e da própria CBF. O projeto também está presente no “ParaQuemDoar”, onde recebe doações por meio do site: https://www.paraquemdoar.com.br/i4a.

Para mais informações sobre a Taça dos Povos Indígenas, clique em https://tacadospovosindigenas.com.br/.

Confira os grupos da primeira etapa da Taça dos Povos Indígenas:

Grupo A
Xerente
Kadiwéu
Guarani Kaiowá
Terena

Grupo B
Rikbaktsá
Kalapalo
Yawalapiti
Karajá

Grupo C
Bororo
Xunaty
Krahô
Kayapó

Informações das 12 etnias participantes da primeira fase:

Bororo – Mato Grosso – 1.817 indígenas
Guarani Kaiowá – Mato Grosso do Sul e Paraguai – 31 mil indígenas
Kadiwéu – Mato Grosso do Sul – 1.413 indígenas
Kalapalo – Mato Grosso – 855 indígenas
Karajá – Goiás, Mato Grosso, Pará e Tocantins – 4.373 indígenas
Kayapó – Mato Grosso e Pará – 9.762 indígenas
Krahô – Tocantins – 3.571 indígenas
Rikbaktsá – Mato Grosso – 2.900 indígenas
Terena – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo – 48 mil indígenas
Xerente – Tocantins – 3.964 indígenas
Xunaty – Distrito Federal – Formado por diferentes etnias
Yawalapiti – Mato Grosso – 309 indígenas

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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