Clubes iniciam debate para implementar o Fair Play Financeiro no Brasil

Clubes iniciam debate para implementar o Fair Play Financeiro no Brasil

O tema do Flair Play Financeiro surgiu pelos movimentos da janela de transferências.

Foto: Gilvan de Souza/ Flamengo

Em reunião realizada na última segunda-feira, na sede da CBF, no Rio de Janeiro, a Comissão Nacional de Clubes começou a debater a implementação do fair play no futebol brasileiro. O encontro contou com as presenças de representantes de Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco, Atlético-GO, Flamengo e Palmeiras, além de dois representantes da Série B e um da Série C.

Toda semana, os clubes irão se reunir na CBF para discutir temas como calendário, arbitragem, e também a possibilidade de implementação do fair play financeiro no Brasil. A ideia é que as regras passem a valer a partir de 2025. Caso o debate avance, a ideia será levada para todos os clubes.

O tema do Flair Play Financeiro surgiu pelos movimentos da janela de transferências. Dono da SAF do Botafogo, John Textor defendeu um teto salarial no futebol. O empresário americano citou o Bahia como exemplo e alertou que se nada for feito, “o Bahia vai ganhar 20 campeonatos seguidos”.

Já o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, se mostrou favorável ao Flair Play Financeiro, assim como acontece na Europa, onde os clubes não podem gastar mais do que faturam. A declaração do mandatário veio logo após o Flamengo tomar 4 a 1 do Botafogo, clube que mais investiu em contratações nessa janela.

“Acho que só neste ano eles já investiram 75 milhões de euros (cerca de R$ 450 milhões), ou seja, aproximadamente o número que você apresentou como sendo desde 2021. Isso para um clube que teve um faturamento de R$ 322 milhões no ano passado. Sejam bem-vindos aos tempos de SAF sem fair play financeiro”, escreveu Landim, no grupo.

Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, também se posicionou sobre o assunto e disse ser a favor do flair play financeiro para os clubes que não pagam salário ou que compram jogadores e não pagam. Segundo ele, a ideia é controlar quem age irresponsavelmente no mercado e ainda assim segue gastando.

“Eu acho que tem de ter o fair play financeiro da seguinte forma: um time que está devendo salários, devendo jogadores que comprou e não pagou, ele não pode seguir contratando. Isso é doping financeiro. O fair play eu acho que é controlar quem age irresponsavelmente no mercado e ainda assim segue gastando, contratando, mesmo devendo. Para mim, o fair play financeiro é esse. Se tem um determinado time que consegue pagar um pouco mais de salário, mérito dele”.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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