O Bahia venceu o Vitória neste domingo, por 2 a 0, na Arena Fonte Nova, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. Os gols foram marcados por Everton Ribeiro e Luciano Juba. Em entrevista após a partida, o técnico Rogério Ceni classificou o jogo como “parelho” e valorizou o resultado positivo, que encerra uma sequência de cinco rodadas sem vencer na Série A.
“Sempre bom vencer jogos assim, tem a rivalidade estadual, mas mais do que isso, tem a tabela de classificação. A gente demorou muito para caminhar para esse 35º ponto. Um jogo que foi parelho. […] Dentro das características dos jogadores que a gente tinha no banco, fizemos o que foi possível. Uma pena que o gol tenha demorado para sair”.
“Hoje a gente sentiu o cansaço no segundo tempo, não conseguimos fazer o contra-ataque. A gente recuperava bem a bola, mas errava no primeiro passe. Isso já trazia o adversário para cima. Mas acho que no conjunto, com linhas, defendendo, fomos bem. Tem jogo que a gente finaliza 20 e faz um gol. Hoje finalizamos sete e fizemos dois. É assim. Mas claro que me preocupa. O Estupiñán tinha presença de área, altura, hoje a gente não tem essa referência. Vamos buscar alternativas durante a semana”.
O principal personagem do Ba-Vi foi o meia Everton Ribeiro, que levou uma joelhada aos 10 minutos, saiu de campo e voltou mesmo com o olho inchado, e marcou o gol aos 14 minutos. Depois ele precisou ser substituído. Rogério Ceni fez questão de exaltar o camisa 10.
“Para mim, ele é uma referência. Eu falei que eu pra mim era o jogador mais influente no cenário nacional da última década. E eu confio muito nele, ele é um cara exemplar no dia a dia. Um cara que assim, trabalhei com ele no Flamengo e quando eu falei de trazer pro Cadu, eu disse ‘a única certeza que eu tenho é que é um cara que não vai me dar trabalho e vai entregar tudo no dia a dia’. E ele, como talento, eu acho que é indiscutível, né? E o comportamento dele no dia a dia é uma referência dos demais jogadores”, disse.
“Eu sou suspeito pra falar, porque nós somos campeões juntos no Flamengo e pra mim é um prazer ver um cara como ele todos os dias dentro do campo. Com ele o jogo é de uma maneira, sem ele, independente de quem seja entre no lugar, é diferente. É um cara que, a maneira como ele trata a bola, a maneira como ele faz as coisas acontecerem, isso faz uma diferença muito grande. Nesse quesito de trato com a bola, de vir buscar o jogo, de construir, dificilmente você vai igualar ele”.
No segundo tempo, o Bahia teve uma queda de rendimento e passou a ser pressionado. No ataque, o time estava errando no momento da conclusão, inclusive com Biel que não teve boa atuação. Foi aí que Ceni mandou a campo Iago Borduchi, na lateral esquerda, Yago Felipe no meio, e Rafael Ratão no ataque. O time melhorou, e Ratão, inclusive, deu assistência para o segundo gol.
“Falei com ele [Biel], é um jogador que tenta sempre o grande lance, né?! Depois de tentar uma ou duas, é importante soltar a bola. É a função dele tentar, mas nem sempre vai dar certo. Achei que o jogo por ali ia fluir bem no um contra um dele. Hoje ele não levou tanta vantagem nos dribles. Ele está com um incômodo nas costas, quase não veio para o jogo. Hoje ele não ganhou tantos duelos, mas é um jogador muito importante para a gente, já entrou e fez a grande jogada do jogo outras vezes”, disse Ceni.
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