O Esporte Clube Vitória atravessa um momento turbulento fora das quatro linhas. Nos últimos dias, o clube afastou os volantes Rodrigo Andrade e Dudu, que se envolveram com confusão com membros de uma organizada. Torcedores flagraram os dois em um bar no bairro de Canabrava e invadiram o local para intimidar os jogadores. Dudu chegou a ser agredido.
Nesta terça-feira, em entrevista coletiva, o zagueiro Bruno Uvini comentou o afastamento dos jogadores, lamentou o episódio, mas afirmou que o ocorrido não afeta o elenco, que está blindado e focado apenas no jogo decisivo contra o Fortaleza.
“Situação delicada que o clube está tomando as providências com a diretoria. Caso triste de se ver. A gente nunca quer que nada no futebol chegue a esse ponto. E não só aqui que tem acontecido isso. Inclusive, aconteceu na final da Copa América agora. A gente pede para as pessoas nesse mundo de hoje, das redes sociais, de tudo isso… Acho que tem que ser em conjunto, de jogadores e equipe, com comprometimento do lado de cá e vontade dentro de campo, com torcida do lado de fora apoiando. Desse jeito as coisas funcionam”, disse.
“O que acontece fora daqui a gente não controla. Como não deixar afetar? Com a blindagem que temos do professor Carpini. O mais importante é o Vitória. Nosso foco é no jogo, em buscar os três pontos. O pensamento é no Fortaleza. Nós somos adultos, cada um com sua responsabilidade, e tem que ser lidado de maneira individual”.
Uvini voltou a jogar na vitória sobre o Criciúma, na 15ª rodada, ao entrar no fim do segundo tempo. Nesta quarta-feira, contra o Fortaleza, na Arena Castelão, ele pode formar a dupla de zaga com Wagner Leonardo.
“Não é fácil ficar fora. A coisa mais difícil para o atleta é não ter o dia a dia, as viagens, a resenha do vestiário. É para isso que a gente trabalha. Não é o salário. Mas é poder viver essa sensação. E quando está machucado, te tira isso. Tinha vontade de voltar, me preparei bem. Me sinto totalmente apto para voltar a ajudar a equipe”.
“Era um processo, uma lesão chata. Posterior de coxa, quem conhece um pouco, sabe que demanda todos os exercícios. Não tem como ir se não tiver 100%. Óbvio que o jogador tinha a ansiedade, a gana de estar em campo. Mas tem que ter cabeça fria, ser inteligente para voltar progressivamente e não perder mais jogos. Foi uma decisão em conjunto, acertada, de volta progressiva. E me preparar 100%. Como chegou agora a oportunidade, me sinto totalmente apto”.
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