Vários torcedores e ex-jogadores já escalaram o melhor Bahia do Século XXI, e por unanimidade, o escolhido para a lateral-esquerda é Ávine, que atuou em grande nível no tricolor baiano. Muitos apostavam que ele tinha potencial para chegar à seleção brasileira, inclusive, após se destacar, foi procurado por vários clubes, porém, acabou tendo a carreira atrapalhada por uma série de lesões.
Ex-presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani levantou uma “polêmica” ao ser perguntado sobre qual é o melhor lateral-esquerdo que ele viu jogar no Bahia. Em entrevista ao “Canal Zona Mista”, no Youtube, ele deu sua opinião e apontou Juninho Capixaba.
“Eu acho um grande jogador. Qual o melhor atleta que você viu jogar no Bahia? Você vai dizer Ávine. Eu não tenho nada contra Ávine, muito pelo contrário. Acho que é um bom jogador, mas não jogou no nível que o Juninho Capixaba jogou. Não jogou. Ávine não jogou Série A em outro time que não fosse o Bahia com regularidade. Talvez não tivesse tempo para isso. Se não fosse a lesão, mas não jogou. Juninho Capixaba hoje jogo num time de Série A”.
“E se tirar a Ávine? Pronto, Jefferson. Aí qual foi o nível que Jefferson jogou também? Entendeu o que eu quero dizer? Então assim, dizer que Juninho Capixaba, certo ou não, não é um absurdo alguém escolher o Juninho Capixaba. Só que como era eu que tinha escolhido naquele momento, mas eu sou um cara de mostrar minha opinião. Eu acho, no Bahia não teve um lateral-esquerdo que jogou no nível que o Juninho Capixaba jogou no futebol brasileiro. Ávine poderia ter jogado, poderia. Foi prestigiado pela lesão? Foi, mas não jogou nesse nível. Então assim, para mim está muito claro isso”, completou.
Ávine tem uma longa história no Bahia, iniciada em 2008 e encerrada após contusão que gerou como consequência uma infinidade de intervenções cirúrgicas. Antes das lesões, ele atuava em grande nível e era sondado por diversos clubes da Série A. No Esquadrão, Ávine foi tricampeão baiano (2012, 2014 e 2015) e um dos responsáveis pelo acesso do Esquadrão à Primeira Divisão em 2010. Ao todo, foram 231 jogos oficiais, com 17 gols marcados. Após deixar o clube, jogou por Náutico, Hercílio Luz-SC, Juazeirense, Novo Horizonte-GO, Paracatu, entre outros.
Juninho Capixaba também foi revelado pelo Bahia, onde se estreou profissionalmente em 2015, mas só veio a se destacar na Série A de 2017, sendo vendido ao Corinthians por R$ 6 milhões. Sem vingar no time paulista, foi negociado com o Grêmio, e em 2020 acertou seu retorno ao Esquadrão por empréstimo até o fim de 2021. Deixou o Bahia após o rebaixamento para a Série B e foi emprestado pelo Grêmio ao Fortaleza, onde teve grande destaque em 2022, sendo contratado em definitivo pelo Red Bull Bragantino. Ao todo, foram 114 partidas, com 4 gols marcados e 14 assistências. Ele foi bicampeão da Copa do Nordeste (2017 e 2021) e campeão baiano em 2020.