John Textor cita jogo Palmeiras x Bahia na CPI sobre manipulação de jogos

Durante a CPI, Textor citou o jogo entre Palmeiras e Bahia, válido pelo segundo turno do Brasileirão.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Nesta segunda-feira (22), o empresário americano John Textor, dono da SAF do Botafogo, prestou depoimento no Senado, em Brasília, na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. Ainda sem provas concretas, o empresário afirma que houve manipulação de partidas no futebol brasileiro nos anos de 2022 e 2023, e que o Palmeiras teria sido beneficiado.

 

“Sou dono de um clube, quero ganhar campeonatos e se eu puder provar, além de uma margem de dúvida, que 2022 foi manipulado, que 2023 foi manipulado, juntos de outras evidências de anormalidades, poderia fazer com que o Tribunal Desportivo, a polícia e esse corpo legislativo possam tomar ações”, disse Textor.

Durante a CPI, Textor citou o jogo entre Palmeiras e Bahia, válido pelo segundo turno do Brasileirão de 2023, que está incluso em um relatório sobre a atuação dos árbitros. Na ocasião, o Palmeiras venceu por 1 a 0, pela 30ª rodada, com gol de Raphael Veiga. De acordo com o empresário, no gol marcado pelo meia, o árbitro ‘tomou uma decisão fácil’ em dar vantagem em uma falta.

“Naquele jogo em particular, o jogador do Palmeiras foi empurrado por trás, sofreu uma falta clara e o árbitro concedeu a vantagem. Foi uma decisão fácil de ser tomada pelo VAR, mas acredito que isso está além do nível da margem de erro de um árbitro. Acredito que não foi um erro”, disse o empresário se referindo ao jogo do Bahia.

Outro jogo citado foi Palmeiras 1 x 0 Vasco. “Descobri que algo errado estava acontecendo em 27/8/2023 (data de Palmeiras 1×0 Vasco), o Botafogo estava com uma grande liderança de pontos, e alguma coisa ocorre naquele jogo que pretendo discutir aqui numa sessão secreta que pensei que não seria possível ocorrer numa divisão de elite do esporte. Os jogos que eu assisti, que afetaram o Botafogo indiretamente, tratei de enxergar de forma diferente, a partir daquele 27 de agosto”, relata Textor.

“Estou colocando minha credibilidade à prova, vejo como estou sendo tratado, o mundo está prestando atenção às SAFs no Brasil. Estou sendo processado na Justiça, o presidente da CBF não aceitou meu pedido para me reunir com ele por mais de um ano, eu nunca acusei o Palmeiras de nenhum tipo de irregularidade. Acredito que o Palmeiras poderia ser parte e participar, já que é inocente. Meu foco não é o Palmeiras, não é ninguém. Acredito que a integridade deveria ser respeitada”, finaliza Textor.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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