O Esporte Clube Bahia perdeu para o Internacional, por 2 a 1, de virada, neste sábado, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, pela abertura do Campeonato Brasileiro. Biel saiu do banco e fez o gol para o tricolor aos 24 minutos do 2º tempo, mas Wesley e Fernando marcaram para a equipe gaúcha. Na entrevista pós-jogo, o técnico Rogério Ceni criticou a forma como o tricolor sofreu os gols e cobrou mais maturidade ao time.
“Estava um jogo truncado, difícil, poucas oportunidades de gol. A gente sofreu o gol no minuto 70, por aí. A gente poderia ter tentado segurar minimamente, deixar o time nervoso. Tomar um gol de lateral, da maneira como foi, é complicado. E aí o torcedor começa a cantar, o adversário cresce. Dois gols de bola parada, lateral e bola no segundo pau, sabíamos que escanteio no segundo pau”.
“O que fica é que temos que ter mais maturidade com vantagem fora de casa, colocar o adversário em situação mais difícil por mais tempo. Falta de atenção nossa. Mas [gol de] lateral foge um pouco do padrão da gente […] Se a gente fica mais no jogo, começariam as cobranças, mas não conseguimos ter esse sabor de ficar à frente. Aí o Inter cresceu e fez o segundo gol. Queria dar mais consistência defensiva, mas não tivemos a bola como eu esperava”.
“Diferente dos outros jogos, hoje foram gols atípicos. Lateral, aí é realmente uma falta de atenção. Não há outra conotação que não seja falta de concentração. Na bola parada, também é o time que mais jogou. É uma preocupação, por isso faço trocas com jogadores altos. Mesmo assim, a gente vem sofrendo. Já tinha trocado os três homens de frente. Se a gente se abre mais poderia ter tomado o terceiro gol. De Pena no lugar do Everton quando ele baixou a intensidade. Tivemos chance com Everaldo faltando um minuto. A chave foi não ter conseguido segurar a vantagem”.
Rogério Ceni também explicou a opção de entrar com Oscar Estupiñán como titular e Cauly no banco. No intervalo, ele sacou o centroavante e colocou o camisa 8, mas o Bahia caiu de rendimento, sendo acuado pelo adversário.
“Colocamos o Oscar para ter peso a mais na área, com Juba por um lado e Arias por outro, tentando alternar as chegadas ao fundo. Cauly estava cansado, não aguentaria jogar o jogo todo. Preferi botar uma referência no ataque. Tentar criar com o Rezende dando consistência defensiva, com Caio, Jean e Everton. Achei que era suficiente para ter posse de bola. Com Thaciano e Oscar para atacar a área. Infelizmente não conseguimos produzir tão bem. Achava que 45 minutos para Cauly ele conseguiria jogar esse jogo e contra o Fluminense [terça que vem]. Nossa característica é trocar passes. Tentamos fazer com o Cauly ter mais a bola. Depois, entrada do Biel, mais velocidade, trazer Jean Lucas para a sua posição. Puxada de contra-ataque, saiu a situação de gol com o Biel”.