Nesta quinta-feira (22), o ex-jogador Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual a uma mulher no final do ano passado, em uma boate, na Espanha. Ele terá ainda que pagar 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) para a vítima. O julgamento chegou ao fim no dia 7 de fevereiro e durou três dias. Foram ouvidas testemunhas, a vítima, peritos e o acusado.
Como já passou um ano na prisão, esse tempo que será descontado da condenação. Após o período na prisão, ele ficará cinco anos de liberdade vigiada, além da proibição de se aproximar a menos de mil metros do domicílio ou do local de trabalho da vítima por nove anos e seis meses.
“O tribunal considera provado que o acusado segurou bruscamente a denunciante, jogou-a no chão e evitando que ela pudesse se mover, penetrou-a vaginalmente, ainda que a denunciante dissesse que não, que queria ir embora. Com isso, está cumprido o tipo de ausência de consentimento, uso da violência e acesso carnal”, diz o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha em um comunicado.
ENTENDA O CASO
O episódio ocorreu na madrugada do dia 30 para 31 de dezembro, na casa noturna Sutton, em Barcelona. A jovem afirma que Daniel Alves agarrou a sua mão e levou-a ao pênis, repetindo o gesto repetidas vezes apesar de a jovem resistir. Depois, o jogador pediu para ela segui-lo e a levou banheiro da área VIP. A vítima denunciou que foi trancada no local pelo atleta, que a obrigou a fazer sexo e quando ela resistiu, foi agredida.
Funcionários da casa noturna acionaram a polícia e uma ambulância. Ela foi transferida para o Hospital Clínic, onde foram feitos exames médicos. Segundo fontes consultadas pelo jornal, o laudo médico afirma que há algumas lesões compatíveis com a agressão. A mulher foi dois dias depois da suposta agressão denunciar os fatos à polícia. Ela entregou o laudo médico e também o vestido que usava na noite de 30 de dezembro.
A perícia encontrou provas que desmentem as versões do jogador e reforçam o depoimento da vítima. Depois de a jovem ser encaminhada a um hospital e examinada por um médico-legista, foram detectadas lesões compatíveis com luta e vestígios de líquido seminal. Além disso, a perícia encontrou impressões digitais de Daniel Alves.
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