No Seleção SporTV desta terça-feira, o jornalista André Rizek afirmou que empreásio John Textor vai à Justiça Comum para denunciar corrupção no futebol brasileiro. Dono da SAF do Botafogo, o americano acredita em manipulação de resultados. Ele contratou uma empresa, chamada Good Game, para analisar vários jogos da Série A, e garante ter um relatório com supostos erros de arbitragem.
“Ele vai para o ataque. Ele está sendo processado pela CBF por dizer que há corrupção, mas ele vai dobrar a aposta. O relatório da Good Game! não fala só do Brasileirão deste ano, fala do ano passado também. Ele vai dobrar a aposta. Ele vai levar esse relatório, que ele, Textor, acha que é robusto, apontando muitos erros de arbitragem. Ele não vai frear. O Textor acredita que há manipulação de resultados no Brasil, que os resultados estão estranhos”, disse André Rizek.
“Eu li o relatório inteiro. Vários dos lances que apontam como “erro claro”, foram tratados como acertos pelos comentaristas de arbitragem. Vários comportamentos que a empresa deu como “estranhos”, não vimos nada demais. É um relatório de uma empresa contratada por ele, que já presta serviços no Lyon, e ele vai levar esse relatório para a Justiça Comum. Não é minha opinião, sou obrigado a dizer que olho os lances e discordo do relatório. Mas ele (o estudo) aponta que há muitos erros claros para o Palmeiras”, completou o jornalista.
No entanto, caso não consiga provar que existe mesmo manipulação, o Botafogo pode ser punido gravemente, com ser excluído do Campeonato Brasileiro. Vale frisar que um clube só pode ir à Justiça Comum quando esgotar todas as instâncias, é o que destaca o “Lei em Campo”, do “UOL”.
O sistema do futebol se protege e tem autonomia, “protegida inclusive pela Constituição, no artigo 217. A busca da Justiça Comum segue permitida, senão teríamos cerceamento ao direito de ação, mas só depois de esgotadas as instâncias desportivas”, diz o advogado Andrei Kampff.
Já o advogado especializado em Direito Desportivo Matheus Laupman se baseia em documento da CBF e aponta que “caso o Botafogo busque a interferência da competição por meio da Justiça Comum, o Clube estará descumprindo expressamente o Regulamento Geral de Competições da CBF. Mais precisamente, o artigo 136, parágrafo único que define que os Clubes estão vedados de recorrer ao Poder Judiciário, salvo as hipóteses previstas pelo artigo 58.2 do Estatuto da Fifa.”
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