Dono da SAF do Botafogo acredita em manipulação na Série A e vai à Justiça Comum

Dono da SAF do Botafogo, o americano acredita em manipulação de resultados.

Foto: Vítor Silva/Botafogo

No Seleção SporTV desta terça-feira, o jornalista André Rizek afirmou que empreásio John Textor vai à Justiça Comum para denunciar corrupção no futebol brasileiro. Dono da SAF do Botafogo, o americano acredita em manipulação de resultados. Ele contratou uma empresa, chamada Good Game, para analisar vários jogos da Série A, e garante ter um relatório com supostos erros de arbitragem.

 

“Ele vai para o ataque. Ele está sendo processado pela CBF por dizer que há corrupção, mas ele vai dobrar a aposta. O relatório da Good Game! não fala só do Brasileirão deste ano, fala do ano passado também. Ele vai dobrar a aposta. Ele vai levar esse relatório, que ele, Textor, acha que é robusto, apontando muitos erros de arbitragem. Ele não vai frear. O Textor acredita que há manipulação de resultados no Brasil, que os resultados estão estranhos”, disse André Rizek.

“Eu li o relatório inteiro. Vários dos lances que apontam como “erro claro”, foram tratados como acertos pelos comentaristas de arbitragem. Vários comportamentos que a empresa deu como “estranhos”, não vimos nada demais. É um relatório de uma empresa contratada por ele, que já presta serviços no Lyon, e ele vai levar esse relatório para a Justiça Comum. Não é minha opinião, sou obrigado a dizer que olho os lances e discordo do relatório. Mas ele (o estudo) aponta que há muitos erros claros para o Palmeiras”, completou o jornalista. 

No entanto, caso não consiga provar que existe mesmo manipulação, o Botafogo pode ser punido gravemente, com ser excluído do Campeonato Brasileiro. Vale frisar que um clube só pode ir à Justiça Comum quando esgotar todas as instâncias, é o que destaca o “Lei em Campo”, do “UOL”.

O sistema do futebol se protege e tem autonomia, “protegida inclusive pela Constituição, no artigo 217. A busca da Justiça Comum segue permitida, senão teríamos cerceamento ao direito de ação, mas só depois de esgotadas as instâncias desportivas”, diz o advogado Andrei Kampff.

Já o advogado especializado em Direito Desportivo Matheus Laupman se baseia em documento da CBF e aponta que “caso o Botafogo busque a interferência da competição por meio da Justiça Comum, o Clube estará descumprindo expressamente o Regulamento Geral de Competições da CBF. Mais precisamente, o artigo 136, parágrafo único que define que os Clubes estão vedados de recorrer ao Poder Judiciário, salvo as hipóteses previstas pelo artigo 58.2 do Estatuto da Fifa.”

 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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