A chegada de Rogério Ceni ao Esporte Clube Bahia segue repercutindo nacionalmente. O treinador, de 50 anos, com passagens por Fortaleza, São Paulo, Cruzeiro e Flamengo, assinou com o Esquadrão até o fim de 2025 e chega com a missão de evitar o rebaixamento à Série B. Durante o programa “Boleiragem”, do SporTV, apresentado por Caio Ribeiro, o ex-jogador e hoje comentarista Richarlyson destacou o aprendizado de Ceni na Inglaterra, onde aprendeu uma filosofia diferente da brasileira.
“Acho que tem algumas coisas que o Rogério Ceni é importante pro futebol brasileiro, essa questão dele de ter estudado muito fora do futebol brasileiro, foi buscar informações na Inglaterra, foi buscar ali pra outros países e isso você percebe quando ele implementa isso no seu jogo, às vezes as pessoas não entendem, às vezes as pessoas questionam “ah mas ele, por que ele colocou lateral esquerdo de zagueiro”, “por que ele colocou ponta de lateral”, são coisas que o futebol europeu traz pra um treinador que teve a possibilidade de aprender essa filosofia diferente da brasileira”, disse.
“Se a gente trazer o que foi o Rogério quando chega no Fortaleza, que não foi uma SAF, o presidente deu todo aval para ele fazer o que ele queria. E deu resultado. O Bahia deve ter pensado a mesma coisa, claro que já é diferente porque é uma gestão de SAF, onde já tá tudo programadinho, já tá tudo certinho, ele chega num clube que tá muito bem preparado. E assim, é claro que é uma situação diferente, o Bahia se encontra numa posição bem complicada no campeonato brasileiro, eu vi algumas nuances da apresentação dele e ele fala que ele ficou até três, quatro horas da manhã tentando extrair o melhor de cada jogador, vendo vídeo aqui e ali. Isso é diferente, isso não é igual”.
“Chega outro treinador, ele não vai dormir, vai acordar, enfim. Então, eu acho que isso eu aprendi com ele. E essa ambição do Rogério, de que o Ramon falou, treinar, treinar, treinar, repetição. Repetição, não tá legal, faz de novo, faz de novo, faz de novo. Às vezes incomoda alguns atletas que não têm essa filosofia de que a repetição é o melhor caminho para você chegar à perfeição. E o Rogério é assim desde quando ele era atleta e agora com certeza não é diferente, não estou trabalhando com ele como treinador, mas eu acho que ele não saiu desse prumo, é importante pros atletas do Bahia entenderem o que ele está querendo falar, e aí não tem como dar errado”, finalizou.
