O técnico Renato Paiva foi novamente o principal alvo dos protestos da torcida do Bahia após o empate em 1 a 1 com o Vasco da Gama, no último domingo, na Arena Fonte Nova, pela 22ª rodada do Brasileirão. O treinador foi vaiado e bastante xingado não apenas depois do apito final, mas também durante a partida, quando fazia as substituições. Em entrevista, o português afirmou que foi chamado de “burro” porque demorou de colocar o atacante Luciano Juba na partida e rebateu os xingamentos.
“Juba fez dois treinos com o Bahia. Dois treinos. E me chamaram de burro várias vezes porque eu não tinha colocado ele. Ele entrou e não conseguiu trocar passes. Futebol é feito de conexões que se consegue treinando. Juba vem do Sport, com outros colegas e outro treinador. Um jogador de 50 jogos e que chegou aqui e queriam que já fosse titular. Eu não vejo futebol assim. Para mim a regra é treino, treino, treino. Eu tive que por o Juba. Não era minha ideia colocar ele. O Juba errou três ou quatro passes, não teve impacto no jogo. E muita gente vai dizer que ele foi uma contratação ruim. Mas o burro sou eu porque não coloquei o Juba quando as pessoas queriam. Isso não existe”, disparou.
“O Brasil, estou encantado, adoro esse país, vim porque quis, mas é o único país que chamam os treinadores de burro. Já estive em Portugal, na Europa, no Equador e no México. É o único país que chamam o treinador de burro. Tem o direito? Tem. Mas não entendem mais de futebol do que eu”, declarou.
Na sequência da competição, o Esporte Clube Bahia tem mais um confronto direto na luta contra o rebaixamento. Porém, o Esquadrão só volta a campo após a pausa da data FIFA, no dia 14 de setembro, uma quinta-feira, para enfrentar o Coritiba, às 20 horas, no Estádio Couto Pereira. O duelo é válido pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.