Na noite deste sábado (22), o Esporte Clube Bahia empatou com o Corinthians, por 0 a 0, na Arena Fonte Nova, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. Com o resultado, o Esquadrão permanece na porta do Z-4, ocupando o 16º lugar com 14 pontos, dois pontos acima do Goiás, que ainda joga na rodada contra o Cruzeiro. Em entrevista após a partida, o técnico Renato Paiva destacou que o Bahia fez grande jogo diante do Corinthians e frisou que o primeiro tempo foi “brutal”.
“Acho que fizemos um grande jogo, primeiro tempo foi brutal da nossa parte. Corinthians é uma boa equipe, mas praticamente não tiveram bola e, assim que tinham, perdiam. A equipe bem posicionada após uma boa semana de trabalho. Depois, não só na finalização, mas no último passe. É um detalhe, de fato, jogo que tivemos várias finalizações, adversários poucas ou nenhumas. Gol [do Corinthians, anulado] é acerto defensivo da nossa parte, impedimento, treinamos isso. Não posso dizer mais nada a não ser valorizar o trabalho dos jogadores e continuar nesta linha, defender melhor, mais juntos e mais à frente. É um passo que queríamos dar, mas, às vezes, uma linha subia, outra não subia, tínhamos pouco tempo de trabalho ao longo da semana. Outra vez fica a pena de não somarmos três pontos”, pontuou.
Na sexta-feira, a torcida organizada BAMOR protestou em frente ao CT Evaristo de Macedo pedindo a saída do treinador e de alguns jogadores. Neste sábado, durante e após o jogo, a torcida mais uma vez protestou. Na saída do campo, um copo chegou a ser arremessado em direção ao técnico. Ele avaliou os protestos e disse que a “torcida é soberana”, mas que não aceita insultos.
“A torcida é soberana, todas as torcidas são. Já disse várias vezes, eu tive uma reunião com a Bamor [torcida organizada do Bahia], com a torcida, no CT, é público, eles falaram sobre algumas falas minhas, uma delas foi dizer que quem manda é o City, e parece que desvalorizei a torcida. Eu falei na mesma entrevista que a torcida sempre terá direito a opinião. Eu disse que quem é avalia meu trabalho é o Grupo City porque estão no dia a dia, meus treinos, como trabalho com os jogadores. Isto não implica que a torcida não tem direito a falar sobre meu trabalho. Em todas as coletivas, ou em 95%, eu valorizei a torcida, e desafiei as pessoas da Bamor a trazer um vídeo onde eu fale mal da torcida. Não há”.
“Eu pedi que não vaiem os jogadores durante os jogos, isso não ajuda. Podem vir para cima de mim, peçam a minha saída, mas concentrem a parte negativa em mim e não xinguem os jogadores. O que a torcida faz aqui, o Pepa, meu amigo do Cruzeiro, disse que isto é impressionante. Isso que eu quero. O Grupo City avalia meu trabalho porque é meu patrão, mas a torcida tem direito a opinião. Só não aceito insultos, mas faz parte. A sociedade está assim hoje em dia, mas nunca faltei com respeito à torcida do Bahia”.
Na sequência da competição, o Esporte Clube Bahia deixa Salvador para enfrentar o São Paulo, no próximo domingo (30), às 11h, no Estádio do Morumbi, em São Paulo. O duelo é válido pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.