Em entrevista nesta semana ao podcast Dinheiro em Jogo, escolhido como representante da Libra (Liga do Futebol Brasileiro), o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani explicou o modelo de transição proposto pelo seu grupo e o motivo de ter escolhido se juntar a Libra, que conta hoje com Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.
“O Bahia é um clube médio, economicamente médio no futebol brasileiro, e adere muito ao discurso dos clubes pequenos e médios de justiça na divisão de receitas. E a liga é uma oportunidade para isso. Ora, se o Bahia é um clube médio e adere a esse discurso, por que aderiu à Libra, que é, sob o ponto de vista da imagem, aquele grupo que reúne os mais poderosos do futebol brasileiro? Por que a gente escolheu por um caminho que supostamente estaria relacionado à concentração de poder ou de recursos? Porque vimos na prática que não é bem assim”.
“A Libra tem formulado estratégias e se aberto a discussões e avanços que podem fazer com que a gente alcance um modelo que, se não é perfeito, é muito próximo do possível para uma fase seguinte ao desenvolvimento econômico do futebol brasileiro. Em síntese, a gente passou a participar de um ecossistema que favorece muito a discussão, a mudança de dentro para fora e avanço constante por maior equilíbrio. A gente vê isso na prática. Eu fui o último a aderir e estou aqui representando o grupo”.
“O Bahia está muito à vontade nesse modelo. Entramos com dois propósitos: provocar uma mudança de curto prazo nessa divisão, e já provocamos nesse última assembleia, foi um grande avanço, e a questão da governança, da decisão por unanimidade, que é um temas que queremos discutir e na próxima assembleia teremos outra fase nesse aspecto”.
Bellintani também fez crítica ao discurso do LFF (Liga Forte Futebol). “A gente quer fazer a revolução, entendendo que de uma hora para outra vamos fazer aqui como se fosse um grande Robin Hood e mudar o futebol brasileiro, me parece que esse é um discurso mais fantasioso do que realista. Busco justiça, mas com alguma clareza no mundo real”.
“A gente tem de ser realista. Porque senão parece que você faz um discurso fantasioso, em nome de uma ética econômica ou de igualdade no futebol brasileiro, mas no fundo, quando você espreme, o que parece mesmo é que você é contra a própria liga. Não quer que a liga aconteça. Fica muito bonito na televisão, fica muito bonito nos jornais, mas não tem conexão com a realidade, porque precisa combinar com os russos. E os russos estão dizendo: “Meu amigo, se eu não fizer nada, eu vou ter uma situação igual a de hoje, que é a que mais me beneficia”. Então esse paradigma do que nós queremos e o que é possível é muito importante para pontuar o que é o modelo da Libra no futebol brasileiro”, disse o dirigente, se referindo a Flamengo e Corinthians que têm uma posição privilegiada no rateio de receitas de transmissão.
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