Nesta quinta-feira (1º), véspera do jogo contra Camarões, às 16h, o último pela fase de grupos, o lateral-direito Daniel Alves concedeu entrevista no Centro de Imprensa em Doha, no Catar. Aos 39 anos, o jogador teve sua convocação bastante questionada, já que não vinha atuando no Pumas há dois meses e apenas treinando no Barcelona B. Em relação as críticas que vem recebendo, o atleta baiano de Juazeiro admitiu que incomoda, mas que não afeta.
“Porque historicamente, sempre alguém teve que pagar a conta. Todos os jogadores são titulares na Europa e sou o único que não estou. Se estivesse no Barcelona, dificilmente os debates estariam acontecendo. Como não estou, é normal. Eles erraram porque foram colocar na conta de quem mais tem argumentos para pagar isso. É uma coisa que incomoda, mas não me afeta. Não sou masoquista, não quero que as pessoas falem mal de mim sem conhecer. É fácil para elas fazerem isso e é fácil para mim aceitar ou não. Prefiro ir para outro caminho que é entregar o meu melhor”, disse.
“A vida me ensinou que quando você coloca trabalho, dedicação e proceder naquilo que você quer, você vai a lugares inimagináveis. E é aqui que estou agora, fazendo parte dessa viagem, tenho certeza que vai ser única. São 16 anos na Seleção, colocando todo meu melhor. A vida sempre premia as pessoas que amam o que fazem e se entregam de corpo e alma. Estou colhendo o que plantei nesses 16 anos. É normal que as pessoas contestem, mas a Seleção Brasileira e a Copa do Mundo não é só estar no melhor momento”, disse o jogador, que disse saber como pode contribuir para o grupo que tenta o hexacampeonato.
Daniel Alves vai fazer sua primeira partida na Copa do Mundo do Catar, e também usará a braçadeira de capitão. “A Seleção Brasileira é muito mais do que simplesmente o campo, é uma construção disso. Imagine você fazer uma viagem de barco e só o capitão ser o mais importante? Todos são importantes no processo, independente de jogar mais ou menos. O futebol foi mudando, os jogadores foram mudando e precisamos nos adaptar a tudo isso. Sei o que entrego para a Seleção e sei que outros jogadores podem estar em um melhor momento para fazer o que é solicitado. Eu sei o que posso entregar para a Seleção e meus companheiros”, completou.
“Minha missão na Seleção Brasileira é entregar o meu melhor. Evidente que temos 26 jogadores com capacidade e a cada momento nós temos um plano e temos que seguir o plano. Nos dois jogos que não estive, nosso time necessitava de melhor defesa e eu sou um bom ataque. Esse é o plano que temos traçado aqui, de saber como joga o time, de saber como vão demandar os serviços e eu estou à serviço da Seleção. Se for para tocar pandeiro, vou ser o melhor pandeirista”, projetou.
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