Na última segunda-feira (23), a Comissão de Ética do Vitória sugeriu o afastamento do presidente Paulo Carneiro por 60 dias. No relatório, são apontados indícios de gestão temerária em virtude de um acordo mútuo no valor de R$ 3 milhões feito com a Magnum. Como garantia foi dado um percentual de 15% dos direitos do jovem promissor Diego Rosa, que acabou sendo negociado para o Manchester City após passagem pelo Grêmio. Nesta terça-feira, o clube se pronunciou por meio de nota. Veja abaixo:
“Os Balanços publicados e auditados demonstram o avanço na direção do equilíbrio das contas. No outro lado, querem encontrar pontos de gestão temerária, incompatíveis com o resultado apresentado, para politicamente desestabilizar o clube.
Esses irresponsáveis vão levar o clube ao colapso institucional e financeiro. Muitos deles são os mesmos de gestões fracassadas, que levaram o clube a esse Passivo de 180 milhões até dez/2020. Essa dívida monstruosa nunca foi objeto de qualquer Comissão Processante. Ela explodiu entre 2006 e 2013, chegando aos cem milhões. Na época se escondeu o Passivo na S/A e migraram os Ativos para o ECV. Em 2009, aquela gestão informou a todos que o Esporte Clube Vitória estava saneado. Claro, de 2000 a 2008, o clube teve pouquíssima atividade econômica. E nós, em 2000, tínhamos pagos todo as dividas do clube.
Essa maquiagem fiscal grosseira e criminosa foi escondida da mídia e dos Conselheiros. Mesmo endividado e com mais de uma centena de processos trabalhistas, o clube se sustentou na capacidade de geração de caixa, pela manutenção da receita de TV, em torno de 40 milhões de reais, mantida quando frequentamos a série B em 2011 , 2012 e 2015. Diferente do rebaixamento de 2018, quando herdamos uma ínfima receita de TV na casa dos 6 milhões de reais. Em 2021, os sinais econômicos indicam a manutenção da redução no endividamento, em torno de 20 milhões.
Sócio e torcedor, lutaremos até o fim para defender nossa gestão e nossa história. Estamos no sexto mandato e nossas contas nunca sofreram nenhum arranhão técnico, nem ético. Inclusive, as contas de 2019 já estão aprovadas e aguardamos a aprovação das referentes ao ano de 2020, impedida pelo esfacelamento do Conselho Fiscal, motivado pela gestão atabalhoada e personalista desse que ainda se diz Presidente do Conselho Fiscal e um dos grandes responsáveis por essa crise institucional instalada e já denunciado por Conselheiros. Aguardamos também manifestação do Conselho Deliberativo sobre o descumprimento de norma estatutária.”