Advogado de Rodrigo Chagas rebate ‘estratégia’ do Vitória

o Leão da Barra continua sem técnico efetivo no comando da equipe principal

Com dois técnicos 'ligados' ao clube, um deles, Rodrigo Chagas, Vitória segue sem poder efetivar um novo comandante para a equipe principal
Foto: Denny Cesare

A saga do Esporte Clube Vitória no que diz respeito à continuidade de problemas extracampo segue interminável. Após alegar que o ex-técnico do clube, Rodrigo Chagas, não sofreu demissão, para fazê-lo retornar ao trabalho, o Leão da Barra continua sem técnico efetivo no comando da equipe principal. Contudo, em entrevista ao programa BN Na Bola, da rádio Salvador FM (92,3), o advogado do treinador, Cristiano Possídio, explicou a situação.

 

“Rodrigo não tem que se apresentar, ele foi despedido. Essa estratégia do Vitória é na verdade uma cortina de fumaça, para tentar demonstrar que na verdade Rodrigo tem alguma vinculação. (Estão em aberto) as duas rescisões. A primeira de treinador das divisões de base, e a segunda que ele antecipou contrato por tempo determinado, rescindindo em junho o contrato que ia até novembro deste ano”, contextualizou.

Ausência do Vitória 

Antes de mais nada, o Vitória criou dois vínculos com Rodrigo. Até a questão da efetivação como técnico da equipe principal, o clube não rescindiu o contrato de como comandante da base. No entanto, formalizou o vínculo profissional na CLT, “com prazo de vigência de 12 de fevereiro de 2021 até 30 de novembro de 2021”.

Em suma, essa tentativa se deu com base no regulamento do futebol nacional, o qual prevê que cada agremiação pode substituir o treinador somente uma vez durante a temporada da Série B. Sendo assim, a ideia do Rubro-Negro seria montar uma estratégia para não infringir a lei.

“Em junho Rodrigo foi despedido desligado da função de treinador da equipe principal. Rodrigo não pediu demissão e não se efetivou o distrato, que é uma coisa possível é comum no direito esportivo que treinadores e atletas distratem. De lá pra cá o Vitória não tem feito a parte dele no sentido de resolver a parte dele na extinção dos dois contratos, do pagamento das verbas que são correlatas a essa rescisão”, comentou Possídio.

Acionar medidas cabíveis pode ser a alternativa de Rodrigo Chagas

Antes de mais nada, o treinador sinalizou o clube na última segunda-feira (2), em função da solicitação para que as obrigações financeiras sejam cumpridas em 10 dias.

De acordo com o advogado do treinador, o técnico busca uma solução sem “exibição”, no entanto, vai correr atrás dos seus direitos como profissional.

“Passado esses 10 dias, na próxima quarta, se não houver resolução, e o objetivo de Rodrigo era fazer isso sem alarde, mas não tem conseguido, o caminho vai ser: um é notificar o departamento de registro da cbf que ele foi desligado da condição de treinador profissional. Porque isso implica na responsabilidade do treinador, o treinador que pede demissão também fica com limitação de contratação naquela divisão. E vai fazer uma ação na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas da CBF) de cobrança, cobrando todos os haveres que lhe são devidos”, afirmou Cristiano Possídio.

Sem treinador, o Vitória entra em campo nesta quarta-feira (11), às 19h, no Estádio Mineirão. Na ocasião, visita o Cruzeiro, pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro está na 17ª colocação, com 13 pontos. Já a Raposa está na 15ª posição, com 16 pontos.

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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