Loja do Bahia começa a vender as camisas da Torcida LGBTricolor

lucro será revertido para o projeto Canarinhos Arco-Íris, de atuação na área

No último domingo (27), durante partidas das séries A e B do Campeonato Brasileiro, como forma de apoio e homenagem à luta contra o preconceito, clubes fizeram ações como forma de homenagear o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, comemorado nesta segunda-feira (28). Por meio do Sócio Digital, nesta segunda, o Esporte Clube Bahia se manifestou explicando porque não fez nenhuma ação no domingo, e lembrou de todas as campanhas feitas pelo clube no combate à Homofobia, além de iniciativas pioneiras desde 2018. Além disso, o Esquadrão comunicou que a Loja Oficial na Arena Fonte Nova vai começar a vender das camisas da Torcida LGBTricolor e o lucro será revertido para o projeto Canarinhos Arco-Íris.

 

VEJA A NOTA ABAIXO

“Por que o Bahia “não fez nada” ontem, enquanto alguns clubes realizaram bonitas ações ligadas à temática LGBTQIA+ neste domingo (27)? Além de o Dia Internacional do Orgulho ser hoje (28/6), o Bahia não está numa disputa entre times de futebol. Muito mais importante é a causa. A luta.

Para o Bahia, que já havia se posicionado em março e em maio – datas do Orgulho Nacional e do Combate à Homofobia, além de iniciativas pioneiras desde 2018 -, não é sobre buscar protagonismo ou apelo midiático.

O Bahia fica feliz de ter contribuído para abrir caminho quando um tabu ainda maior pairava no mundo do esporte. E não se contenta em postar algo na rede social e “se livrar” do assunto.

Desta forma, a partir de agora, nossa loja oficial na Fonte Nova passa a dar exposição e a vender as camisas da Torcida LGBTricolor, criada após o Esquadrão abraçar campanhas contra todo e qualquer tipo de preconceito. O lucro será revertido para o projeto Canarinhos Arco-Íris, de atuação na área.

Antes das ações deste ano, em janeiro de 2020 o Bahia lançou a campanha sobre o número 24, considerado “proibido” e ressignificado como “do respeito”.

Quatro meses depois, já em meio à pandemia, propôs a reflexão: “Imagine se seu isolamento social durasse anos. Ou até uma vida inteira”.

Em janeiro de 2019, passamos a adotar o nome social em todos os procedimentos administrativos da instituição. Em paralelo a isso, diante das dificuldades de inserção no mercado de trabalho, uma pessoa trans foi contratada e segue até hoje como funcionário exemplar do clube.

Em setembro de 2019, mesmo sem ‘data comemorativa’, lançamos a campanha #LevanteBandeira junto com o vídeo “Não existem linhas que limitem o amor”.

Em maio de 2019, anunciamos a coleção #BahiaClubeDoPovo com camisas para abraçar a pluralidade de nossa torcida. Três dias depois, veio o lindo vídeo da campanha.

Em maio de 2018, quando infelizmente apenas 5 dos 60 clubes das Séries A, B e C se manifestaram sobre o tema, o Bahia produziu post que ganhou o prêmio Honra ao Mérito LGBT.

Sigamos, agora cada vez mais acompanhados na trincheira. Ainda bem.

Quanto mais clubes, melhor. BBMP!”

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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