Após denúncia de assédio, Rogério Caboclo é afastado da presidência da CBF

Após denúncia de assédio, Rogério Caboclo é afastado da presidência da CBF

O vice mais velho, Antônio Carlos Nunes, assume durante o período de afastamento

Acusado de ter cometido assédio sexual e moral contra uma funcionária, Rogério Caboclo foi afastado neste domingo da presidência da CBF por 30 dias, decisão tomada pelo Conselho de Ética. O vice mais velho, Antônio Carlos Nunes, assume durante o período de afastamento. Pressionado por patrocinadores e outros dirigentes da confederação, Caboclo agora cuidará de sua defesa. Neste domingo, o apresentador André Rizek, do SporTV, revelou que Rogério Caboclo prometeu ao governo federal trocar Tite por Renato Gaúcho após o jogo contra o Paraguai, terça, pelas Eliminatórias, por conta da recusa dos jogadores de disputarem o torneio e o apoio do treinador.

 

Na última sexta-feira, chegou ao canal da Comissão de Ética da CBF e na Diretoria de Governança e Conformidade a denúncia da funcionária, informações divulgada pelo site “ge”. Na denúncia, ela detalha o dia em que o dirigente, após sucessivos comportamentos abusivos, perguntou se ela se “masturbava”. Entre outros episódios de extrema gravidade, segundo a funcionária, Caboclo tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro, chamando-a de “cadela”.

Segundo relato da funcionária, que tem oito anos de CBF, Caboclo fazia consumo de álcool durante o expediente. Ela era obrigada a esconder garrafas no banheiro para que o dirigente pudesse beber sem ser notado. Também cabia a ela recolher as garrafas vazias. Em viagens, era orientada a pedir bebidas alcoólicas para ele nos hotéis – mas marcar o consumo no quarto dela.

Ela detalha um caso ocorrido no dia 9 de março de 2021, na casa do dirigente em São Paulo, onde auxiliava Caboclo em reuniões presenciais e virtuais. Após um dia inteiro de consumo de bebida alcoólica, o dirigente teria chamado a funcionária de “cadelinha”, e em seguida ofereceu biscoitos de cachorro para ela. Como a funcionária o repreendeu, ele então passou a simular latidos.

A funcionária também afirma que Caboclo tentou controlar seus relacionamentos dentro da CBF e pediu que ela mudasse a maneira de se vestir – teria até oferecido dinheiro a ela para comprar novas roupas. Após seguidos episódios, ela pediu licença por motivos de saúde. O presidente da CBF, então, ofereceu um acordo a ela – em troca de dinheiro, ela teria que negar a existência dos abusos e teria que mentir quando fosse perguntada sobre o assunto. Ela recusou e fez a denúncia.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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