Predomínio do Interior tende a se consolidar no Campeonato Baiano

Bahia e Vitória que levem a sério senão esse cenário vai a se repetir cada vez mais.

Começou a decisão do Campeonato Baiano 2021 com um empate entre Atlético de Alagoinhas e Bahia de Feira. Final disputada e com ambas as equipes buscando o título de maneira aguerrida e com muita determinação. Fato é que ou teremos um bicampeão (Bahia de Feira) ou um campeão inédito (Atlético de Alagoinhas), o que traz ingredientes especiais e fortalece o futebol do interior. Aliás, nos últimos três campeonatos estaduais, contamos com vices do Atlético e do Bahia de Feira e agora a consolidação de duas equipes de fora da capital figurando como finalistas pela primeira vez na história em 116 anos do Campeonato Baiano.

 

Esse fato rememora quando era uma complicada missão ganhar o Estadual, onde equipes do interior faziam valer seus mandos de campo e tornavam muito difícil a disputa e a conquista desse troféu. Além disso, o futebol baiano sempre foi um celeiro de craques e hoje a visibilidade dada aos clubes do interior é infinitamente maior que outrora.

Muitos podem querer justificar que o Bahia disputa com a equipe de transição e que o Vitória está em crise, não importa, o que está em disputa é um Campeonato Baiano de jogadores profissionais. Quando perde é a Marca Bahia e a marca Vitoria que estão em jogo na parada.

Além disso, a transmissão em canal aberto de todos os jogos do estadual para o Brasil e o mundo é outro atrativo, afinal, qualquer ser vivente pode ter acesso ao Campeonato tanto pela TVE digital quanto pelo YouTube. O ditado é certo, o baiano só é ruim para quem perde.

Importante é ressaltar que o Baianão jamais perderá seu charme, mas, que a Federação Baiana deve saber investir no seu maior produto. A entidade deve cobrar e atuar durante o período em que não há calendário para que o futebol na Bahia não pare. Além disso, fazer uma abordagem prévia sobre os gramados dos estádios do Interior que têm equipes disputando as Series C e D, além de Copa do Brasil, campeonatos nacionais televisionados. Melhorando isso, torna menos difícil fazer parcerias comerciais para que o produto futebol praticado no Estado da Bahia tenha mais visibilidade ainda.

Importante também o pagamento de prêmios, como começou a ser feito esse ano, a federação deve ter a competência de vender seu produto a parceiros comerciais, de preferencia regionais, valorizando o certame e ampliando o aporte financeiro para estruturar as equipes, logicamente, cobrando uma contrapartida das equipes e a profissionalização destas, para que assim se amplie esse leque e naturalmente, o alcance para outras praças, mas principalmente na região nordeste.

Assistir a final do Baiano sem os clubes da capital foi um pouco diferente, mas preferi fazer que dar audiência para jogos de times do eixo, que reitero só extraem daqui e nada devolve. A audiência dada ao futebol daqui valoriza os patrocinadores locais que investem no nosso futebol, em detrimento das mídias que acompanhamos e que não nos devolve absolutamente nada com relação ao consumo e só leva a nossa audiência na venda de produtos estrangeiros a nós.

Assistirei a próxima partida com prazer e espero que seja um bom jogo de futebol como foi a primeira partida, que assisti com a certeza que daqui para frente será mais difícil vencer o Baianão e o predomínio do interior tende a se consolidar. Bahia e Vitória que levem a sério senão esse cenário vai a se repetir cada vez mais.

Boa sorte ao Tremendão e ao Atlético de Alagoinhas e que o melhor se sagre merecidamente Campeão Baiano de 2021.

Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano. 

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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