Onde está o posicionamento do Bahia nos casos de Xenofobia?

"temos que cobrar da diretoria posicionamento menos burocrático e mais atuante"

Foto - Felipe Oliveira / EC Bahia

Em meio aos tormentos existentes ante ao decepcionante ano de 2020/2021 vivido pelo Esporte Clube Bahia, venho nesse texto abordar outras questões que enfraqueceram ainda mais nossa instituição. Sei que a preocupação minha e de todos os torcedores é a permanência na Série A, mas o achaque e a falta de respeito que vem agindo externamente sobre nosso clube é a apatia e anuência que a diretoria tem com esses atos são no mínimo revoltantes. Para ser claro, falo dos ataques sofridos pela instituição EC BAHIA em alguns casos pontuais e que não houve por parte da gestão do clube a defesa da nossa honra, não houve o mínimo respeito que a nossa instituição com 90 anos de história merece.

 

Inicialmente, falarei do caso Índio Ramirez, onde já se passaram quase um mês e, além de nada ter sido esclarecido de fato, a única coisa que se comprovou de foi a xenofobia cometida por Bruno Henrique e nada mais além disso. A única coisa que o presidente fez foi ser solidário ao volante Gérson que, até o momento, acusou falsamente nosso atleta e jogou toda a mídia e todos os clubes contra nossa instituição.

Fomos demonizados e jogados para as trevas, com julgamentos antecipados e linchamento midiático duro, sem sequer haver culpa de nada ou espaço que se abrisse para contraditório ou ampla defesa. Nossa diretoria atuou em desfavor aos nossos profissionais, descredibilizou, diminuiu e após periciar o fato e nada encontrar, simplesmente deixou para lá. Mano pode ter sido um dos piores técnicos do clube nos últimos tempos, mas foi o único que defendeu nosso pirão, e entendeu a verdadeira malandragem que alia havia.

Enfim, além disso, recentemente, uma jornalista carioca chamada Aline Bordalo disse em uma Live ao comentar sobre a semifinal do Brasileiro Feminino A2 com a seguinte frase: “TOMARA QUE [AS JOGADORAS DO BAHIA] ESTEJAM BEM BAIANAS”. Pensando assim: ‘ah, vamos deixar o jogo para depois de amanhã’. Enquanto isso, a gente já está no 220V”.  O técnico do Botafogo “LAMENTOU” QUE O CARNAVAL NÃO IRÁ OCORRER ESTE ANO POR CAUSA DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS. “INFELIZMENTE NÃO VAI TER, MAS QUERIA QUE TIVESSE, PARA ELAS COMEÇAREM A PULAR CARNAVAL E ESQUECER A PARTIDA”.

Em meio a tantas ações ditas “afirmativas” defendidas pelo clube apenas a atacante Gadu tomou partido e retrucou: “Passando pra deixar um recado: jogaremos como Baianas, como bem baianas e como o futebol tem que ser JOGADO! Garra, força, esforço, e intensidade não faltarão em campo”. 

O clube que se diz referência nas ações afirmativas não atuou institucionalmente, pois esse trato pejorativo se compõe injurioso e tipificado no Código Penal, no Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: § 3 o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

Nesse caso em especial, não houve nenhuma ligação, de nenhum dirigente carioca ao nosso presidente se solidarizando com nossas atletas. Talvez, se nosso técnico dissesse numa Live que: “nosso time teria que tomar cuidado para não sair atingido por nenhuma bala perdida” ou “proteger as carteiras das mesmas” seriamos notícia em toda imprensa e a repercussão seria monstra.

Não podemos ser demonizados ou diminuídos por ninguém por causa de geografia, aliás, a diretoria tem que vestir a camisa do clube como todo torcedor faz. Paixão faz parte do jogo, não podem se prender apenas a ser. BASTA. São dois casos seguidos de Xenofobia que estão sendo deixados de lado e diminuindo muito mais o clube.

O Sport foi prejudicado pelo VAR e o que fez, tentou defender seu clube até as últimas consequências, inclusive sugerindo a exclusão do VAR dos seus jogos, porque querem o melhor para o time deles, enquanto o Bahia foi surrupiado por várias vezes e não contesta sequer a escalação de árbitros que, reiteradamente nos garfa e continuam apitando e interferindo nos nossos resultados. A inércia do time é reflexo da diretoria, que não tem a vibração do Hino.

Acho importante falar da equipe feminina mesmo nesse período caótico da equipe principal, pois elas sim têm vestido a camisa do clube e colocado o nome do Bahia em exposição nacional como se deve, JOGANDO BOLA, ORGULHANDO A TORCIDA E MOSTRANDO A DISPOSIÇÃO, RAÇA E O PROFISSIONALISMO QUE FALTA PARA A EQUIPE QUE JOGA A “SÉRIE A” DO BRASILEIRO.

Acho que esse veículo independente deve colocar esse texto à disposição dos torcedores e os torcedores devem abrir o coração e repercutir, fazer eco e aplaudir as meninas e continuar a cobrar da diretoria posicionamento menos burocrático e mais atuante. Estamos à deriva, numa nau sem capitão.

Bora Meninas de Aço!!!

BBMP

Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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