Na última terça-feira, após receber a informação de que o Flamengo teria laudos que comprovam a ofensa do meia Ramírez ao atacante Bruno Henrique, o Esporte Clube Bahia divulgou uma nota afirmando desconhecer qualquer laudo e anunciou que contratou uma perícia própria para investigar a denúncia do volante Gerson. Além disso, o clube baiano citou na nota o caso de xenofobia, sem citar nomes, mas se referindo ao atacante Bruno Henrique que chamou o colombiano de “gringo de merda”. Ramírez, mesmo negando ter cometido injúria racial e três dias após o ocorrido não ter nenhuma prova sequer, segue afastado pelo Bahia, desfalque importante para os próximos jogos na luta contra o rebaixamento.
O vice-presidente do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches, se posicionou nesta quarta-feira sobre o caso de xenofobia e afirmou que defenderá o atacante Bruno Henrique. O dirigente também minimizou a ofensa do atacante rubro-negro, dizendo que está no “campo da especulação” e que a palavra ‘gringo’ não pode ser considerada ofensiva e sugerindo que o Bahia pode ter interesse em distorcer os fatos.
“O Flamengo não tem uma posição sobre a suposta xenofobia do Bruno Henrique. Está muito no campo da especulação. Acho que é mais um desejo do Bahia de ver uma situação que não tem a ver com xenofobia como xenofobia. ‘Gringo’, ‘gringo louco’, já conheci várias pessoas com esse apelido e ninguém se ofendeu. É dizer que a pessoa é estrangeira”, disse o dirigente em entrevista ao Seleção SporTV.
“A gente não entende essa questão como uma disputa com o Bahia. A gente reconhece o trabalho deles contra o racismo, reconhecemos que o presidente do Bahia tomou decisões acertadas até agora. Mas se eles quiserem descambar para esse lado de ofensa do Bruno Henrique a alguém, o Flamengo vai defender seu atleta, mas a preocupação é muito pequena”, finalizou.
