Quando o Bahia estava em um momento complicado no Campeonato Brasileiro, a diretoria resolveu tirar o técnico que já não era mais técnico desde o segundo turno do campeonato do ano passado. Essa troca encheu a torcida de expectativa, todos imaginaram que as mudanças não se limitaram ao treinador. A diretoria buscou um treinador de grife, a estratégia era clara: “se der errado, temos um escudo”. O novo técnico começou com um desempenho pífio, conseguindo ser pior que o anterior. Então, o escudo funcionou: “a culpa é do elenco, precisamos contratar”. O professor garantiu que só traria jogadores que contribuiriam para melhorar o elenco. A torcida acreditou!
Eis que a diretoria resolveu trazer um ex-jogador, fora de forma e que não tinha atuado um jogo sequer em 2020 antes de acertar com o Bahia. Para piorar, esse ex-jogador ocupa uma posição que o clube não tinha carência de peça. Tanto não tinha, que o clube emprestou a jovem promessa (Eric Ramires) sem que ela tivesse tido uma única oportunidade jogando na sua posição de origem (a que está sendo ocupada pelo ex-jogador). Olha que Ramires havia sido elogiado por Mano como “uma grande contratação” após retornar do Basel, da Suíça.
Pois bem, esse ex-jogador, contrariando qualquer lógica, vinha sendo titular absoluto. Como a vergonha ficou muito grande e a torcida pressionando, ele agora entra no segundo tempo, em todos os jogos (oportunidades que nenhum outro jogador tem ou teve). Mesmo ficando menos tempo em campo, ele consegue prejudicar o time, sendo um dos responsáveis pela quantidade de gols sofridos.
Quem consegue explicar o desastre de ter trazido esse jogador quando o time sofria pela carência em outras posições? E quem consegue explicar a incapacidade em afastar esse e outros jogadores que estão sendo responsáveis por inúmeras derrotas vexatórias?
Márcio Peixoto Andrade, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.