O desastre do primeiro mandato de Bellintani no Bahia

O desastre do primeiro mandato de Bellintani no Bahia

Como avaliaram os Eleitores Tricolores esse trabalho?

O desastre do primeiro mandato de Bellintani no Bahia

Quando o presidente Guilherme Bellintani foi eleito para o seu primeiro mandato, decorrente de uma grande festa da Democracia Tricolor, esperava-se que o mesmo fosse dar continuidade ao excepcional trabalho realizado pelo seu antecessor. O fato explica-se pela condição em que recebeu o clube das mãos do Marcelo Sant’Ana que teve um importante e relevante trabalho como o primeiro gestor eleito diretamente pela força da nossa Democracia, inaugurada pela Grande e Imensa Nação Tricolor.

 

Marcelo Sant’Ana recebeu o clube endividado, com números de um passivo imenso e participando da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, a nossa principal competição anual. Trabalhou de tal forma e determinado conseguindo no seu primeiro ano do mandato, trazer de volta o gigante Esporte Clube Bahia para a Série A de forma não muito tranquila, mas trouxe e até hoje estamos nela participando.

Ele também deu os primeiros passos para resgatar o Patrimônio do Clube que estava consignado junto aos credores, em virtude de negociatas realizadas ainda nos tempos dos “donos” liderada pela família da Ribeira.   Equacionou os problemas mais urgentes da dívida e planejou a necessária organização para a reestruturação do clube visando alcançar a base necessária para os investimentos mais sólidos num futuro que se mostrava promissor.

Nessa gestão e tratando o FUTEBOL como prioridade e devido zelo, o time conquistou a Copa do Nordeste em 2017 e ainda retomou a hegemonia do futebol baiano que havia perdido para o nosso arquirrival, ao longo das gestões temerárias que se verificaram no período antes da nossa Democracia, notadamente ao final da década de 80 e anos 90. Ganhou o Baiano e foi finalista da Copa do Nordeste em uma outra oportunidade.

O Marcelo Sant’Ana organizou bastante o clube e criou as condições ideais para um futuro promissor fazendo a torcida imaginar e sonhar com voos mais altos, rumo ao sonhado inédito título internacional, especialmente das Libertadores e/ou da Sul-Americana.

Tendo realizado um excelente trabalho resolveu, por razões próprias, não tentar a sua reeleição que seria algo natural diante de um magnífico trabalho frente às dificuldades naturais enfrentadas do que era uma reconhecida massa falida ou quase insolvência do clube.

Assim, preferiu se retirar e, apoiando a eleição de um candidato “desconhecido” para que o mesmo, com o seu importante aval, alcançasse a eleição tranquila por tratar-se de alguém com a devida condição de gestar o clube.  Então o Guilherme Bellintani foi eleito numa outra grande festa da Democracia Tricolor, contando com um bom número de candidatos mas, tendo o apoio direto dos Grupos e do Marcelo Sant’Ana que encerrava o seu brilhante mandato.

Entre os eleitores, lá estava eu que nele votei com a certeza de que em continuando o trabalho do antecessor, o mesmo estaria apto e em bem melhores condições para nos levar aos píncaros do futebol estadual, regional, brasileiro e, quiçá, internacional. Note que votei no Tillemont e não no Marcelo Sant’Ana.  Mas, desde o início do mandato do Sant’Ana, nas suas primeiras atitudes, percebi a sua visão quando agia pela via mais objetiva.

Elegendo o Bellintani, o clube entrou numa espiral do crescimento esperado e com o Departamento de Marketing produzindo coisas fantásticas e até de vanguarda no nosso futebol. Foram campanhas interessantes  alavancando a marca da instituição sem que se possa questionar a importância desse trabalho. O lado social estava sendo devidamente e reconhecidamente tratado.

Entretanto, Bellintani parece ter criado muito gosto pelo Departamento de Marketing quando tendenciou a trabalhar mais forte nesse sentido começando a colocar o futebol, atividade fim do clube, num singelo “segundo” plano. O resultado começou a ser sentido no início do segundo semestre de 2019, metade do seu primeiro mandato e mais forte agora no final desse mandato, quando nos brindou com o clube numa situação caótica, beirando muito forte o Z4 e jogando um futebol medíocre!

Chegamos então ao novo processo eleitoral que, em considerando o reduzido número de candidatos, com apenas um desafiante: o Lúcio Rios. Pelo número de interessados, fica a sensação e o sentimento de que a nossa Democracia está capengando ou claudicando perigosamente, exigindo da Grande e Imensa Nação Tricolor uma especial atenção, nesse momento.

Será que apenas mudamos o clube de “donos”!??

Mas a Democracia tem disso! Mesmo diante uma gestão muito ruim no futebol, com resultados pífios, o atual presidente conseguiu se reeleger de forma tranquila e com uma unanimidade até então nunca experimentada.  Ficamos com um sentimento de que o presidente havia inaugurado uma nova era: A ACOMODAÇÃO, o CONFORMISMO!!!

Como avaliaram os Eleitores Tricolores esse trabalho?

Seria o opositor um desqualificado absoluto? Acredito que não! O Lúcio tem um bom currículo, sendo administrador de empresas, algo muito interessante para quem tenta se habilitar ao cargo mais importante, no Estado da Bahia. Mesmo não sendo eleito, poderia servir para demonstrar uma insatisfação recebendo um bom número de votos, fato que não foi verificado.

Entretanto, o resultado da urna foi contundente e o Bellintani reeleito pela ampla margem dos votos, confirmando que mesmo na Democracia fragilizada, na sua essência de um pleito mais disputado, o resultado foi devidamente respeitado.

Reeleito, prometeu rever os seus conceitos e corrigir erros que ele mesmo reconheceu. Seria algo inaceitável que assim não o fizesse. Foram erros bizarros para um gestor de um clube de futebol, pelo que se pode observar na sua demora e letargia em resolver os problemas que foram se apresentando.

Ele foi negligente em demorar pra demitir o Roger Machado, nas contratações sem os critérios necessários (Clayson, Rodriguinho e Elias foram as cerejas do bolo), em manter um Diretor de Futebol que errou mais do que acertou e, principalmente em ter mudado a política do futebol na base. Errou ainda em mudar sua forma de pensar contratando “ferros velhos” e trazendo um treinador “velho” com ideias ultrapassadas.

O que esperar? Ele como um grande “político” falou em reconhecer os seus erros… Tento pensar no que fará o nobre mandatário mas, confesso tratar-se de uma redonda e grande incógnita. Vamos aguardar…

Paulo Fernando, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

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Redação Futebol Baiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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