É preciso avisar ao presidente do Bahia que o futebol também importa

É preciso avisar ao presidente do Bahia que o futebol também importa

Continuamos pequenos, repito, na razão da sua EXISTÊNCIA que é o futebol

É preciso avisar ao presidente do Bahia que o futebol também importa

Ao perder para Defensa y Justiça, pelo placar de 1 x 0, sendo eliminado da Copa Sul-Americana, antes despachado pelo River-PI da Copa do Brasil, sim, ele mesmo, River do Piauí, ainda na primeira fase ( p-r-i-m-e-i-r-a), sem equívocos ou erro de digitação, e cair na Copa do Nordeste para o Ceará, sendo derrotado duas vezes no Estádio Metropolitano de Pituaçu, nada mais resta ao Esporte Clube Bahia nada, além de correr atrás de pontos suficientes para se livrar do fantasma do rebaixamento, algo que era razoável pensar que tinha ficado no tempo do Bahia pequeno.

 

Muitos festejos, muitas celebrações, campanhas institucionais maravilhosas colocando o time no rol dos vanguardistas, desfraldando bandeiras, isso e aquilo outro, defesa das minorias, técnico afamado, barba vistosa, o presidente falando inglês, ora em francês, tudo isto envolto em mar de maravilha sem o alcance do olho nu, mas o fato é que o Esporte Clube Bahia não avançou na sua essência principal e a própria razão da sua existência, que é o futebol, e o futebol dentro de campo representado por seus resultados, senão, expressivo na sua qualidade, pelo menos dignos e proporcionais ao preço do peixe que é vendido pelos quatro cantos da cidade, como um time grande, em crescimento e no caminho certo para decolar.

Honestamente, não é verdade, sabemos que não é verdade, ainda que fazer de conta também é uma forma política e correta de lidar com os fatos, especialmente com aqueles que não controlamos ou temos meios de oferecer alternativas de mudanças, além disso, vem a preguiça somada com o fato de o tema ser de pouquíssima relevância no cotidiano para a maioria das pessoas.

O clube avançou sim, claro que avançou, porém, apenas se o parâmetro utilizado for o Bahia amador e vilipendiado por grupos e famílias em passado ainda recente, que se aproveitavam de forma sorrateira do clube. É verdade, o clube se organizou, foi pulverizado, como disse muito bem o Paulo Fernando no texto publicado aqui no site, acrescento apenas que o clube foi também desratizado, e em pouco tempo transformou-se numa “moça bonita e vistosa” com vestuário próprio e passou aparecer em páginas dos sites do Sul, como recuperada e pronta para recomeçar a vida, prometendo reeditar os velhos carnavais onde foi estrela, conquistando títulos, movendo e mobilizando uma torcida gigante que, curiosamente, recrudesceu e se transformou uma espécie de CLIENTE.

O projeto, aquele que de fato salva e liberta, ainda que com enorme boa vontade dos dois últimos presidentes, não saiu do berço ou alcançou uma meta mínima e aceitável naquilo ao que importa ao torcedor comum, que é a esmagadora maioria torcida do clube. Quando atendeu, o fez apenas aos clientes, sócios e eleitores que também são responsáveis pelo sucesso e fracasso do clube.

Continuamos pequenos, repito, na razão da sua EXISTÊNCIA que é o futebol. Padaria para ser padaria tem que vender pão, farmácia para ser farmácia precisa oferecer remédio aos seus clientes e clube de futebol precisa apresentar resultados ainda que diminutos e aos poucos. Vencer apenas o Campeonato Baiano abaixo do amador não basta, não conta, afinal, o falecido médico veterinário João Guimarães conquistou baianão com o Leônico sem precisar proclamar nenhuma república.

O futebol de agora e seus resultados, não são superiores aos da ÉPOCA do ATRASO, opa, digo, do período taxado das TREVAS, aliás, esse pessoal, que se diga até de forma veemente não deixou saudades, no entanto, foram retirados do Bahia acertadamente deixando o clube na Série A, exatamente na décima primeira colocação, justamente na época da intervenção, marcando os mesmo passos hoje percorridos pelo pessoal da era da prosperidade, aliás, foi na era dita da modernidade que o tricolor experimentou sua última queda para a Série B.

Se adeptos das trevas traziam jogadores como Freddy Adu, Ricardinho, Zé Roberto e Carlos Alberto, entre outras sobras de sinistro e cacarecos descontinuados e fora de linha, a atual gestão não difere muito, especialmente na atual temporada em que ressuscitou jogadores do tipo Anderson Martins, Rodriguinho, Elias, todos em fim de carreira, e pagou caro por Clayson, Wanderson, Juninho, etc, quando se esperava que o “badalado” DADE buscasse novos jogadores do tipo Zé Rafael, Artur, Gregore, Flávio, etc, apostas baratas e que renderam em campo. Além do enorme distanciamento do clube e da torcida que agora precisa pagar para conhecer as notícias recente do clube.

Portanto, depois de muitas doses de Apracur de 30 em trinta minutos em diversas áreas administrativas, o santo abrandou a tosse e acresceu, porém, não se restabeleceu como TIME de futebol, por isto, o imaculado continua de barro e, por isto, ainda é preciso andar devagar com o andor e evitar os encantamentos, ou entusiasmos baratos e injustificados em temas completamente alheios às reais necessidades de um Bahia forte, que passa necessariamente pelo CRIVO da bola dentro do gol do adversário. Afinal, surrupiando uma frase da moda, é preciso avisar ao presidente que o FUTEBOL TAMBÉM IMPORTA.

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Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com



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