O Esporte Clube Bahia iniciou 2020 com expectativas elevadas, ainda que tivesse terminado 2019 de uma forma frustrante com a queda vertiginosa de rendimento no segundo turno do Campeonato Brasileiro, terminando abaixo de algumas equipes com orçamento bem inferior. Antes da paralisação, veio a primeira crise, com a derrota no Ba-Vi e a eliminação na primeira fase da Copa do Brasil para o modesto River-PI. Roger Machado seguiu no comando. O futebol paralisou por quase quatro meses e após a retomada, mesmo praticando um futebol abaixo, conseguiu avançar à final da Copa do Nordeste, mas perdeu o título de forma vergonhosa, com uma atuação pífia nos 180 minutos, tomando duas porradas do Ceará em pleno Estádio de Pituaçu. No Baianão, conquistou o tricampeonato de forma sofrida vencendo o Atlético-BA nos pênaltis.
Nesta terça-feira, o presidente Guilherme Bellintani fez um resumo da temporada do Bahia até aqui, afirmou que a expectativa era fazer em 2020 um dos melhores anos do clube, porém, vieram muitos problemas que frustraram os planos. O mandatário admite que sente muito com esse momento ruim do time, principalmente por ser torcedor, mas destacou que jamais irá se esconder.
“Para a gente que leva muito a sério isso e somos de fato torcedores, a gente sente demais. Tem dirigente que não tá nem aí. O que a gente não faz é se esconder. A expectativa era fazer em 2020 um dos melhores anos do clube, com um equilíbrio financeiro muito bom, com contratações que mudavam um pouco o nível técnico do time, com um ambiente muito estável e o novo centro de treinamento. Esse era o planejamento. Em março veio a pandemia queda significativa de receita, atletas sem fazerem nenhum tipo de exercício, quase quatro meses parado”
“Na volta da pandemia, a gente começou a ter muito problema. Um resultado muito ruim na Copa do Nordeste, apesar de termos ido para final e com a melhor campanha. Conquistamos o Campeonato Baiano no suor, somos tricampeões baianos, que não éramos há 32 anos, mas não foi uma campanha que encheu os olhos do torcedor. E o Campeonato Brasileiro que a gente já passou duas rodadas na zona de rebaixamento”
“É muito difícil fazer futebol no Nordeste e a gente ainda sofre com isso, mas a gente precisa fazer o nosso papel e também ouvir crítica como num momento como esse, principalmente no futebol, de resultado, a gente tende a jogar tudo por água abaixo e tomar decisões equivocadas, saindo contratando um monte de gente sem ter dinheiro para pagar. Isso é fruto de um processo histórico do futebol brasileiro que acha que tudo se resolve com irresponsabilidade num momento de crise. Estamos fazendo algumas contratações, iremos fazer mais algumas, mas sem parecer que é isso que vai resolver nosso problema. Tem muito mais coisas para a gente ainda corrigir dentro do clube”
Bellintani tem fé que Bahia não será rebaixado e reafirma busca por reforços