Após mais um vexatório revés ante ao “poderoso” Ceará, venho virado na porra escrever para esse Blog, e além humildemente tentar pontuar coisas que saltam aos olhos de uma quase unanimidade, sobre as recorrentes falhas defensivas aliadas à inércia do time na hora de balançar as redes, fazer uma reflexão sobre os rumos que se apresentam para o EC BAHIA. Inicialmente, falar do senhor Roger Machado, que tem conseguido fazer com que Rodriguinho, um camisa 10 de fato, se sinta como um cachorro perdido no meio de um caminhão de mudança. O treinador se cega ao não ver que um jogador como Daniel faz o jogo de Rodriguinho fluir. Além disso, nota-se que não sabe colocar Gilberto em sintonia com Rodriguinho, ao entrar, Daniel conseguiu não só melhorar a saída de bola como deu passes que furam as linhas fechadas, ou seja, inteligência para pensar o jogo que há algum tempo não se vê e este rapaz continua na reserva.
Um treinador que tem o time na mão, muda de acordo com o adversário, movimenta as peças do tabuleiro e procura melhores soluções para poder lograr o êxito desejado, coisa que não acontece com Roger desde o meio do ano de 2019 para frente. No domingo, vi e pensei que a diretoria do Bahia tinha na cabeça que Guto ainda era técnico do Bahia, tamanho o conforto que lhe foi dado em campo, sem que ao menos houvesse perigo ao Ceará.
Bellintani tem sua parcela de culpa, afinal, como já havia dito em outro texto, mostra comodismo e conformismo. Sua racionalidade com as finanças é notável, mas ele tem que entender que além de campanhas e marketing, o Bahia precisa de evolução esportiva, precisa de resultados satisfatórios em campo, precisa de títulos para referendar e estabelecer o clube no cenário nacional como se deve.
Vestiário ganha jogo e assim como vi em clubes brasileiros, que inclusive passam por problemas de gestão, onde seus presidentes simplesmente dizem: SE TIVER INSATISFEITO, A PORTA DE SAÍDA É A SERVENTIA DA CASA. É preciso ser enérgico e cobrar, pois se fosse o contrário, se os salários estivessem atrasados, por exemplo, os jogadores com certeza fariam algo.
Além disso, vi Roger expor Marco Antônio numa entrevista pós-jogo, coisa que ainda não tinha visto, justificando sua ausência por falta de profissionalismo do jogador nas palavras dele. Pergunto-me: e se não fosse jogador da base ele teria a mesma postura? Creio que não, afinal, há vários jogadores que nada rendem e ele acoberta e não os expõe nem a pau, com a justificativa de preservar seus atletas. Essa declaração mostrou claramente que o vestiário está perdido e que as coisas tendem a piorar.
Se for o caso de pagar a rescisão de Roger, pode aproveitar o dinheiro de Flávio que está em mãos e o mandar pegar o boné e vazar. Não vejo motivação nenhuma mais dos atletas em atender o treinador, vejo em campo uma sensação de tanto faz como tanto fez, isso porque ninguém se sente ameaçado de perder nem o lugar no time e muito menos o Roger tem medo de sair, pois está confortável sentado na sua multa rescisória.
Se não sentar e discutir imediatamente essa questão, e tomar uma decisão enérgica, será mais um ano FRUSTRANTE, de meio de tabela e apenas com título do decadente Campeonato Baiano, E NADA MAIS.
Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.