Devendo três meses de salários ao elenco, o Corinthians corre sério risco de perder jogadores de graça em eventuais ações na Justiça, assim como aconteceu no Cruzeiro recentemente. A Lei Pelé dá direito a rescisão unilateral do contrato em caso de inadimplência igual ou superior a 90 dias. De acordo com informação do site “Meu Timão” e também do GloboEsporte, o clube paulista reconheceu a dívida e disse que pretende quitá-la nos próximos dias. A data prevista para o pagamento dos salários era a última sexta-feira, dia 5. Para isso, porém, o clube esperava a antecipação do valor da venda de Pedrinho ao Benfica, de Portugal. O Corinthians chegou a um acerto com um banco estrangeiro para receber cerca de R$ 120 milhões, mas o dinheiro ainda não entrou no caixa alvinegro.
Em maio, o Corinthians precisaria fazer um pagamento menor aos atletas. Em negociação com o elenco, ficou acordado que o clube arcaria com 50% dos valores das férias e pagaria a outra metade no fim do ano. Além disso, desde o mês passado os jogadores concordaram com um corte de 25% dos salários. Não são apenas os salários que estão atrasados. O Timão também tem direitos de imagem em atraso. O balanço financeiro de 2019 apontou que o clube fechou a última temporada devendo R$ 48 milhões aos jogadores.
Nos últimos meses, o Corinthians precisou parcelar até mesmo o pagamento de funcionários do clube, que tem salários bem mais baixos do que dos atletas. Além disso, a diretoria decidiu que fará demissões para aliviar a folha de pagamentos. Apesar do incômodo com a situação financeira, a diretoria alvinegra não vê ameaça de ações na Justiça para rescisões contratuais. Os cartolas do clube mantém contato frequente com os líderes do elenco para explicar a situação financeira do clube.