O retorno do calendário do futebol brasileiro ainda é completamente incerto. Nenhuma posição oficial, e o que temos é desejo, prudência, mas também muita irresponsabilidade entre aqueles que desejam o retorno a qualquer custo. O Esporte Clube Bahia, como sempre, mantém uma posição equilibrada e aguarda uma decisão oficial dos Órgãos responsáveis da área médica para ligar os motores e começar a pensar notadamente no Campeonato Brasileiro da Série A que pelo visto será disputado junto com a Copa do Nordeste.
Porém, a cada dia que passa menor fica o espaço para comportar o marimbondo Campeonato Baiano, a Sul-Americana, Brasileiro e a Copa do Nordeste que ainda necessita de 5 datas para ser finalizada, assim, diante de tantos atrasos, possivelmente o calendário de 2020 adentrará o ano de 2021 já que a mudança do regulamento do Brasileiro para o mata-mata, ainda que em caráter excepcional (apenas este ano) é descartado pela maioria absoluta motivado pela redução dos jogos que poderia significar redução da cota da TV paga pela GLOBO.
O presidente Guilherme Bellintani falou sobre o assunto hoje à noite e admitiu que os clubes brasileiros estão caminhando para um colapso financeiro diante da crise do coronavírus e que não existe uma solução perfeita
“A gente tem procurado estabelecer prioridades. A gente sabe que não vamos ter uma solução perfeita em um momento como esse. O que seria a solução perfeita? Manutenção do mesmo modelo de calendário de todas as competições e todas sendo encerradas em 2020. Dificilmente vamos ter essa circunstância, mas estamos prezando pela manutenção do modelo original das competições. Vários contratos, como o da TV, são vinculados aos modelos. Se a gente pensar em mudar o formato, vamos afetar ainda mais todos os clubes. Então nós vamos até o fim para manter o Campeonato Brasileiro em pontos corridos com 38 rodadas, mesmo que tenhamos que ceder por outro lado. Não há prejuízo nenhum em terminar a competição no início de 2021. Isso vai acontecer com diversos contratos, com escolas, com férias. É natural em um momento de ajuste”
“O impacto é enorme. É um impacto parecido com o de pequenas e médias empresas brasileiras, que estão sofrendo muito já que suas atividades são muito direcionadas a grandes aglomerações. O futebol é muito vinculado a reunião de pessoas, isso faz parte da natureza do futebol. A bilheteria, por exemplo, que é um dos principais canais de arrecadação está zerada desde março, os planos de sócio-torcedores estão em queda, os contratos de TV estão sendo suspensos ou reduzidos. Está muito próximo de um colapso financeiro dos clubes brasileiros. E isso inclui o Bahia”