Em matéria publicada no site Globoesorte e assinada pela Jornalista Cíntia Barlem, jogadoras da equipe feminina do Esporte Clube Vitória denunciaram atraso no pagamento da ajuda de custo, que chega a três meses. Uma integrante do elenco relatou a situação, mas pediu para não ser identificada com medo de represália. Em abril, o clube rubro-negro havia informado que utilizou o dinheiro da CBF para quitar dívidas com as atletas do time desfeito no ano passado. O elenco atual receberia os salários no final do último mês, mas, segundo as atletas, ainda não ocorreu.
“Há atletas no clube que não recebem salários deste agosto de 2019. As mesmas se encontram no departamento médico do clube, sem contar que tem uma atleta com quase um ano de espera para fazer a cirurgia e nada de resposta do Esporte Clube Vitória, sem cirurgia e sem salário, o que é um absurdo! No elenco atual, anunciado como equipe sub-17, nenhuma atleta recebeu qualquer ajuda financeira do clube, nem sequer passagens para treinar. Sobre a ajuda destinada pela CBF, nenhuma atleta recebeu esta ajuda, o único contato que fizeram foi pedir as contas das meninas, porém, até esta data não foi depositado qualquer valor. Descaso total. Situação feia e muito triste de se vivenciar, é totalmente desanimador. Deixar suas casas em busca de um sonho e se deparar com um pesadelo deste é uma sensação terrível e angustiante”, afirmou a jogadora, que revelou ainda estar enfrentando problemas até mesmo com a alimentação.
Ainda segundo a publicação, como citou acima uma jogadora do grupo, o auxílio enviado pela CBF de R$ 120 mil , já que o Vitória está na Série A1 do Brasileiro feminino, não chegou às contas das atletas. São salários de R$ 600, R$ 1 mil e R$ 1,3 mil. O diretor jurídico do clube salientou que foi informado sobre a atualização de pagamento de alguns valores em abril. Questionado sobre a denúncia das atletas, o dirigente afirmou que iria apurar, mas ressaltou que o clube tem obrigação de destinar a ajuda enviada pela Confederação Brasileira de Futebol ao futebol feminino até mesmo para prestar contas.
“Demonstrei minha preocupação e procurei apurar se houve esse pagamento com direcionamento ao futebol feminino. É dever do clube prestar contas à CBF sobre esse valor ser direcionado ao futebol feminino. Me foi informado que foi pago um valor em abril e sobre maio preciso me informar se ocorreu o pagamento. Se não ocorreu, o clube precisa atualizar a situação porque esse valor da CBF é direcionado ao futebol feminino”, afirmou o diretor jurídico do clube, Dilson Pereira.