O lateral-esquerdo Dodô, com boa passagem pelo Esporte Clube Bahia em 2011 antes de ser vendido pelo Corinthians para o futebol europeu, segue com o futuro incerto no Cruzeiro. Nos primeiros dias de pré-temporada, o jogador até fez parte do elenco de Adilson Batista, mas no dia 10 de janeiro parou de treinar com o grupo na Toca da Raposa. Desde então, está sem clube. Em meio a este cenário, o atleta, representado pelo advogado João Chiminazzo, acionou a Justiça do Trabalho para tentar que a obrigação de compra por parte do Cruzeiro seja cumprida e ele volte a treinar com o grupo, porém, teve o pedido recusado na justiça, mas o clube negocia um provável retorno. Carlos Ferreira Rocha, interlocutor do núcleo gestor com o departamento de futebol, revelou que as negociações foram iniciadas e uma proposta será formalizada.
“Não discutimos valores, apenas situações de contrato, algumas cláusulas que precisaríamos de uma melhor explicação. Entendi que a reunião foi muito boa, muito proveitosa. Agora o Cruzeiro vai formalizar uma proposta para o empresário do Dodô. Caso ela seja aceita, o jogador será reintegrado ao plantel na volta das férias”, afirmou Rocha, ao Hoje em Dia.
Diretor de futebol do Cruzeiro, Ricardo Drubscky, também falou sobre a situação do atleta e mostrou otimismo. Em entrevista à Rádio Itatiaia, ele revelou que trocou mensagens com o próprio jogador e com seu pai, que também cuida da carreira do atleta.
“Troquei mensagens com o Dodô, então estamos movimentando isso sob todos os aspectos para melhorar a relação. O Enderson gosta muito dele. É uma conversa que está aberta e vamos tentar resolver, de uma maneira ou de outras. Tem muitas pendengas jurídicas, mas eu acredito que vai dar certo. Dodô foi meu atleta em 2005, ele tinha 14 anos e eu era diretor da base do Cruzeiro. A primeira coisa que fiz, com autorização do Carlos, foi ligar para o pai e iniciar uma conversa com ele. Recebi uma boa sinalização”, garantiu Ricardo Drubscky.
O jogador, que estava na Itália desde 2012 e fez um bom 2018 com a camisa do Santos, chegou à Toca com o clube pagando R$ 330 mil em salários a ele, sem contar os direitos de imagem. No caso da renovação obrigatória – e em definitivo -, o Cruzeiro deveria pagar 300 mil euros à Sampdoria, e jogador deveria seguir recebendo essa quantia de R$ 330 mil mensais, valor que corresponde a mais que 50% do teto de R$ 200 mil estabelecido como teto para o conselho gestor em 2020. Além disso, em caso de renovação, o Cruzeiro deveria pagar R$ 8,8 milhões em luvas ao jogador, em 18 parcelas, entre fevereiro de 2020 e dezembro de 2021.
Dodô, hoje com 28 anos, foi revelado pelo próprio Corinthians em 2009 e em 2011 foi emprestado ao Esporte Clube Bahia, onde se destacou apenar de ter atuado apenas 20 jogos e marcando um gol, já que foi atrapalhado por uma lesão. Ele passou por Roma e Inter de Milão antes de chegar à Sampadoria, que o emprestou a Santos e Cruzeiro nas últimas temporadas. Em 2019, pelo time mineiro, atuou 28 jogos e marcou 1 gol.