Curado do novo coronavírus, o ex-treinador René Simões, com passagens por Bahia e Vitória, fez duras críticas a política de isolamento imposta pelo Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e tratou como “terrorismo”. Com passagens pela seleção brasileira, Renê treinou o Bahia em duas oportunidades (1989 e 2011), e comandou o Vitória em 2005. Se aposentou em 2017 e no ano passado até cogitou um retorno ao futebol para comandar o Guarani, mas não chegou a um acordo. Em entrevista à Rádio Grenal, de Porto Alegre (RS), o técnico – que tem uma rede de restaurantes – ironizou afirmando que ainda está “esperando o caos” projetado pelo Ministério da Saúde.
“Escuto há um mês o Mandetta, ministro da Saúde, falando que na próxima semana será o caos no país. Mas não chega nunca isso. Estou esperando. Agora já começam a falar em junho ou julho. Eu tenho uma rede de seis restaurantes. Tenho mais de 200 funcionários. São pessoas que tem dependentes, que tem necessidades. Elas não terem dinheiro gera um impacto financeiro grande. Como elas ficam? Terminaram os outros problemas de saúde? O crime acabou? As milícias? O tráfico? Falavam que seria uma simples gripe no início e agora os mesmos estão fazendo terrorismo (…) Estão fazendo esse caos e projetando o pior, mas isso nunca chega nunca. Estou vendo um problema muito maior depois, que é a falta de trabalho, de dinheiro, a fome”, disse em entrevista à Rádio Grenal, de Porto Alegre (RS).
Apesar das críticas, René garante tem tomado todas as precauções. Para ele, os atletas são “saudáveis” e não vão morrer em virtude do coronavírus. “Eu tomo todos os cuidados. Não vejo meus sogros há 40 dias para preservá-los. Protejo a minha esposa que teve câncer. Mas aqui no Rio, fecharam só a praia, pois as pessoas estão nas ruas. Algum atleta pegou coronavírus e baixou no hospital? Não. Nenhum baixou. Não baixaram porque são saudáveis. Eu peguei e agora tenho anticorpos. Se eu pegar de novo, o vírus é que morre”, finalizou.