Por meia de nota divulgada nesta segunda-feira, o Sindicato de Atletas Profissionais do Estado da Bahia (Sindap-BA), que é presidido pelo ex-jogador Osni, repudiou a decisão da Federação Baiana de Futebol (FBF) de não paralisar o Campeonato Baiano diante de um momento de preocupação em razão do pandemia do Coronavírus, porém, o Sindicado alega que não possue poder para interromper a competição. A FBF anunciou a continuidade do Baianão com as duas últimas rodadas sendo realizadas com portões fechados, alegando que os “números confirmados no Estado da Bahia até o presente momento não justificam a paralisação da competição, que trará um prejuízo enorme e sem precedentes no futebol baiano, inclusive com concreta possibilidade da mesma não poder ser concluída”.
Veja abaixo a nota do Sindap-BA.
“O Sindicato de Atletas Profissionais do Estado da Bahia – SINDAP/BA vem a público informar sua posição a favor da paralisação das competições que seriam realizadas no estado da Bahia, em virtude da PANDEMIA que assola o mundo inclusive o Brasil, no que tange o CORONAVÍRUS.
São evidentes a todos os riscos iminentes de contaminação, tendo sido adotadas medidas governamentais em todo o mundo para evitar à proliferação do VÍRUS, todavia, em particular e, principalmente a continuidade das competições do futebol. Em contato com a Federação Baiana de Futebol, fomos informados que serão realizadas as duas partidas que faltam na fase classificatória e que seria a vontade dos clubes, a partir daí o campeonato baiano seria paralisado.
Achamos uma atitude temerosa e arriscada em relação à integridade e saúde dos atletas, por isso somos veementemente contra tal posição. O SINDAP/BA tem limitações jurídicas em relação ao episódio, pois, apesar de termos natureza jurídica representativa não temos poderes para paralisar o campeonato, somente através de uma greve geral, que seria difícil porque depende exclusivamente da vontade dos atletas.
Todos sabem que a maioria dos clubes que disputam o Campeonato Baiano fazem contratos curtos com seus atletas, tendo aqueles que ganham menos, o prejuízo é maior, onde, além de ficarem sem atuar desde agora e com o futuro incerto, arriscariam não receberem seus vencimentos mediante a paralisação.
Portanto, fica aqui a POSIÇÃO DE REPUDIA do SINDAP/BA em face da não paralisação das competições esportivas no estado da Bahia, principalmente no futebol.
Salvador, 16 de março de 2020.
OSNI LOPES
SINDAP/BA – PRESIDENTE”