Na última quarta-feira (30), o Esporte Clube Bahia anunciou a aquisição de 50% dos direitos econômicos do zagueiro Juninho, um dos destaques do time neste Campeonato Brasileiro. O Esquadrão desembolsou R$ 5,7 milhões que serão pagos ao longo dos próximos três anos, e renovou o contrato de empréstimo junto ao Palmeiras até o final de 2022. Assim que quitar o pagamento, o Esquadrão passará a ter os direitos federativos do jogador de 24 anos que chegou em julho e se firmou como titular no time tricolor. No entanto, até lá, o clube paulista manterá o poder de venda, segundo informou o clube baiano.
Para adquirir metade do passe, o Esquadrão pagou 20% ao Palmeiras, 20% o Junior Team, onde o defensor foi revelado, e 10% ao Coritiba, clube que ele defendeu antes de ser contratado pelo Palmeiras. Em 2022, quando o Bahia já terá quitado a compra, o zagueiro terá uma cláusula que lhe permite renovar o contrato automaticamente com o Bahia. Para isso, todavia, precisará jogar 60% dos jogos da temporada.
Em matéria veiculada nesta quinta-feira, o site ESPN trouxe mais detalhes da negociação e destacou que o Palmeiras considera ter feito um “negócio da China”, segundo fontes do clube alviverde informaram ao site. Isto porque, em 2017, o time paulista pagou cerca de R$ 10 milhões para comprar o atleta do Coritiba. No Palestra Itália, porém, Juninho jamais rendeu o esperado, e o temor era o de que o Palmeiras “morresse” com um belo prejuízo, sem nunca conseguir negociar o defensor.
Em julho deste ano, porém, o clube palestrino emprestou o zagueiro ao Bahia na esperança que ele se valorizasse e atraísse a atenção. E deu certo. Juninho durante jogo entre Bahia e Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro. Até o momento, o jogador já disputou 20 partidas (com 1 gol marcado) pelo time nordestino, e seu desempenho agradou muito à diretoria baiana.
Com isso, o clube de Salvador resolveu investir: gastou 1,3 milhão de euros (R$ 5,79 milhões) e comprou 50% dos direitos de Juninho, assinando com o atleta até 2022. O Palmeiras tinha 70% dos direitos de Juninho, enquanto um grupo de empresários tinha os 30% restantes. Na negociação, o Bahia adquiriu os 30% dos agentes e 20% da agremiação paulista. E, pelo valor do time alviverde, a equipe tricolor pagou 1 milhão de euros (R$ 4,45 milhões).
Ou seja: vendendo apenas 20% de Juninho, o Palmeiras já quitou praticamente a metade do que investiu para comprá-lo do Coritiba. Além disso, o time paulista ficou com 50% do atleta. Caso receba alguma proposta por ele, seja do Brasil ou do exterior, o clube tem “a caneta na mão”.
Ou seja: se chegar proposta por Juninho, o Bahia terá que comprar os 50% do Palmeiras ou o time paulista tem a opção de vendê-lo, já que segue sendo o “dono”. Dessa forma, o Palmeiras considera que conseguirá lucrar com o defensor, diferentemente do que imaginava.