Na última quinta-feira (31), o presidente Guilherme Bellintani disparou contra a arbitragem após a derrota por 1 a 0 para o Santos na Vila Belmiro. O motivo foi o gol do zagueiro Juninho anulado pelo VAR, alegando impedimento do lateral Moisés, o que seria o empate do Esquadrão. Bastante revoltado, o mandatário chegou a chamar os árbitros de “merdas” e a tecnologia de “vídeo-game”, além disso, afirmou que cobraria respostas da CBF. Neste sábado (2), durante o Fórum “Eu Vivo Futebol”, o dirigente admitiu em entrevista ao Bahia Notícias que se exaltou nos xingamentos e revelou ligações do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, e o presidente da Comissão de Arbitragem, Leonargo Gaciba. A conversa teve pedido de desculpas por parte do presidente tricolor, mas também queixas, com promessas de melhorias.
“Naturalmente, eu me posicionei muito fortemente criticando o a arbitragem mais uma vez. Acontece que a gente vem se posicionando frequentemente contra a arbitragem no Brasil, principalmente sobre clareza, sobre transparência. O que a gente está pedindo é mais transparência para a gente compreender as decisões. Naturalmente eu saí um pouco do que normal falo. Eu também tenho meu direito de torcedor de sair um pouco da linha. Acho que me exaltei pelas circunstâncias do jogo”, disse.
“Ontem recebi ligação do presidente da CBF, Rogério Caboclo. Recebi ligação do presidente da comissão de arbitragem, Leonardo Gaciba. Já conversamos de forma madura sobre o tema. Já pedi desculpas pela forma como falei com eles, mas também deixei fortemente as minhas críticas. A gente tem que reconhecer quando é excessivo nas palavras. Mas em relação ao tema a minha critica é sobre transparências das decisões. A gente tem oito representações contra árbitros na CBF sem nenhum tipo de resposta”, declarou.
“Eu tive uma conversa por telefone de uns 30 minutos com o presidente Caboclo e de praticamente três horas com o presidente Gaciba, da comissão de arbitragem. Foi uma conversa muito longa. Mandei para ele todas as análises que a nossa equipe preparou de vários lances que prejudicaram o Bahia ao longo do campeonato. Ele entendeu. Ficou de dar repostas bem objetivas sobre nossos pleitos. Reconheceu que é preciso melhorar a qualidade das respostas da CBF. Nesse sentido, o que o Bahia quer é simplesmente melhorar o sistema. O Bahia foi favorável ao VAR desde o início, mesmo quando o VAR não tinha sustentação financeira. O Bahia se predispôs a pagar a sua parte quanto não tinha subsídio da CBF, mas os clubes precisam ser respeitados. A partir do momento que a gente tem lá oito representações sem resposta, o presidente às vezes precisa sair um pouco da linha para ser ouvido. Agora quero reiterar o meu apoio ao avanço do sistema e acredito que o avanço vai se dar com colaboração recíproca e não com briga”, indicou.