O Esporte Clube Bahia há quase 20 anos demite um treinador no meio da temporada e, contar os últimos 20, dificilmente acharemos algum que tenha convencido a torcida nesse período. O desafio é saber se o erro estão em todos os treinadores que passaram por aqui ou se há um erro no planejamento?
Com 25 jogos na temporada, o Bahia de longe é o clube que mais atuou esse ano e finalizou o ano passado com mais partidas que todos os clubes da Série A, levando em consideração ao elenco e a condição do clube em contratar jogadores, é algo irreal, totalmente incompatível com a filosofia. Se clubes com grandes elencos, não conseguem disputar tantos jogos com a mesma força, imagina o tricolor.
Existe uma forma de burlar o calendário e continuar sendo forte nas competições nacionais e internacionais, porém, é algo difícil de fazer, devido a tradição do clube.
Vejamos…
Há muito tempo o Athletico-PR não atua com o time principal na competição estadual, dando preferência a uma pré-temporada mais longa, um trabalho de fortalecimento de elenco e utiliza o Sub-23 para revelação de novos jogadores. Vem dando certo, o clube disputa competições internacionais com frequência e sempre tem obtido sucesso no cenário nacional.
Está claro que da forma que o Bahia planeja seu calendário, não está dando certo, são muitos jogos, para pouco investimento e pouco tempo para treinar. O mais correto seria abdicar do Campeonato Baiano e as fases iniciais da Copa do Nordeste. São competições que não dão ganho financeiro ao clube, não tem parâmetro para as outras competições nacionais e internacionais, e não aumentam o valor da marca.
O Furacão tem 4 jogos no ano, venceu três partidas e perdeu uma, na semana passada fez um jogo espetacular contra o Boca Juniors, mostrando que todo o seu planejamento vem dando certo, e recentemente derrotou o Tolima, chegando a 9 pontos e liderando o seu grupo na Libertadores.
A diretoria do Bahia precisa acordar e se quiser dar um passo além do que vem conquistando atualmente, precisa priorizar as grandes competições.