A situação do Paraná Clube, adversário do Bahia no próximo sábado é complicadíssima. Recém promovido a elite do Futebol Nacional depois de 9 anos de espera, o tricolor do Paraná não se acertou na competição, aliás, está sim, um torneio marcado pela competitividade na maioria dos do anos e do começo ao fim, ao contrário dos afamados torneios das Ligas Francesa e Espanhola onde sabemos antes mesmo da primeira rodada quem será o Campeão pelo baixíssimo nível técnico da maioria dos clubes, foi isto, em tempo em tempo com eventual exceção um ano aqui outro ali.
Pouco dinheiro e com um orçamento inferior ao Atlético-GO no passado que não resistiu, o Paraná Clube é o lanterna da competição com 14 jogos sem triunfos, sendo que no total de 28 jogos, venceu apenas três, ( Bahia, América-MG e Fluminense) acumulando 17 derrotas. Pois não é por acaso que os sites especializados em probabilidades dão 100% de possibilidade de rebaixamento do azul, vermelho e branco do Paraná e agora se prepara para terminar a temporada buscando mostrar dignidade.
Nesta terça-feira, o técnico Claudinei de Oliveira que treinou o Sport, outro com grandes possibilidades de queda, falou sobre o grupo, admite dificuldades, explicou porque aceitou treinar o Paraná em entrevista ao jornal Tribuna do Paraná. Vale lembrar que o técnico que também teve passagem pelo Vitória com 10 jogos comandando o Paraná ainda não obteve uma única vitória
“Virar as costas agora para o Paraná, seria até cômodo pra mim. Mas não é do meu feitio”, enfatizou ele, que lembrou que veio à Vila Capanema por escolha própria.
“Quando eu vim para o Paraná, saí do Sport em uma situação bem mais confortável, foi opção minha sair. Em um voo, em uma conexão em São Paulo, recebi o convite para vir e achei que deveria retribuir o que o Paraná tinha feito por mim em 2016”, destacou Claudinei, lembrando de sua segunda passagem pelo Tricolor, quando vivia um momento difícil em sua carreira.
O técnico ainda defendeu os jogadores, explicando que tentará filtrar, daqui até o fim da temporada, os atletas que tenham condições psicológicas de aguentarem a barra dos dez jogos que faltam na competição.
“Aqui não tem bandido, não tem corpo mole, só tem alguns jogadores que estão mais suscetíveis a se abalarem psicologicamente. Temos que pensar agora em colocar aqueles que têm a possibilidade de serem mais fortes emocionalmente”, explicou Claudinei, que garantiu que os atletas que não estiverem dispostos a enfrentarem esse desafio, não terão espaço no time.
“A gente tem que honrar a camisa, suar sangue para conquistar vitórias. Se não podemos sair dessa situação de rebaixamento, podemos melhorar a campanha no segundo turno e terminar em 13º, para encerrar o campeonato de forma mais digna. Se eu perceber que algum jogador já está entregue com essa perspectiva, vamos botar quem está com mais vontade”, garantiu ele, que ainda tem o respaldo dos nomes fortes do Paraná Clube para seguir com seu trabalho.
“Enquanto eu tiver condições e confiança dos dirigentes e do presidente do clube, eu vou continuar. O Paraná tem uma história bonita de tantos títulos, queremos a partir dos próximos jogos fazer com que a situação não continue tão triste como está”, finalizou.