A Copa acabou, não é nenhuma novidade! As novidades ficaram no próprio desenrolar do Mundo, arbítrio de vídeo, rejeitados por alguns clubes da daqui, polêmicas pros e contras, e no final o VAR veio para ficar!
A Copa acabou, sem nenhuma novidade, a seleção da CBF, ou melhor do Tire, jogou como o Corinthians, sem brilho, sem plano B, sem arte, não merecia realmente, conquistar o hexa. Considerado por todos como favorito, morreu às margens das ondas das quartas de final.
A Copa acabou, ficou o Tite sem título mundial de seleção, e quem sabe a lição: Corinthians é Corinthians, seleção é seleção, e a seleção da CBF/Tite, de mancheias era dita como favoritíssima, aqui e além-mar, deixou muito a desejar…
O técnico agraciado com uma unanimidade nacional, sem alternativa tática, com e sem opções, que já vieram lesionadas e também sem a mesma qualidade, acabou sem o tão sonhado, Hexa. Ademais, sua eliminação, nos trouxe a lume a lição do mestre Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar. “
A Copa acabou, e é preciso pensar… o que vi de novidade, foi o brilhante e imparcial trabalho do Programa “Linha de Passe”, que nos seus comentários, já alardeava acerca da Corintianlização da seleção, da falta de opções táticas, dos jogadores sem condição ideal, que foram levados, dos Arthur, que não foram, do VAR Neymar. Novidade em relação a cobertura da copa, pois já não é de hoje que mantêm o mesmo nível de excelência.
As críticas construtivas ventiladas pelo programa, alertavam acerca dessa unanimidade burra, a Tite, era incontestável, suas convicções viraram dogmas, sua obsessão tática, não deu vez ao plano B, ou tampouco mudanças significativas conforme o atuar de cada adversário, para ele todos eram: Peru, Chile, Bolívia, Venezuela, o buraco era além-mar, e nem Neymar, remou!
A Copa acabou, e não ousamos sair das retrancas, dos nós técnicos dos adversários, Neymar, foi o mais comentado em todo o mundo, foi a estrela de si mesmo, e a escuridão de quem muito esperava dele. Saiu maculado em todo o mundo como cai-cai, e terá que vencer um desafio muito mais difícil, do que marca gols, livra-se dessa pecha.
É Jovem, há de amadurecer, tem talento para dar e vender, é incontestavelmente uns dos três melhores jogadores em ação. Não é nem de longe um Pelé, mas tem capacidade para nos fazer lembrar de Pelé.
A Copa acabou, o sonho ainda não, Neymar há de dar a volta por cima, transformar o seu cai-cai em gol-gol, e ninguém mais há de falar negativamente da sua pessoa e do seu inigualável futebol, tudo depende dele, cabe somente a ele, fazer sua reforma de vida, e da vida a seleção!
A Copa acabou, a seleção da CBF/TITE, diferente do Neymar, só caiu na realidade depois no minuto final. A quem culpar, quem é o culpado! Todos nós torcedores, que nada fazemos para mudar os retrógrados e perpétuos dirigentes de futebol, tem times que são quase uma dinastia, um coronelismo, uma oligarquias, que mesmo disfarçado de democracia, persistem em desmandar, sem solução de continuidade, esse boçais, filhos, netos, sobrinhos dos donos dos clubes, acham-se sucessores naturais dos seus feudos clubistas e dita as regras e traça o descompasso de uma política futebolísticas de ditadores de aldeias, e federações locais, seguem o nefasto paradigma, que está nos levando ao ex-país do futebol, ao mero exportador de mão de obra qualificada.
A Copa acabou, mas o sonho, ainda não, o sonho de ver de fato e de direito a democratização do futebol brasileiro, com eleições nos clubes e nas entidades estaduais e federal, e a fundação uma Liga de Futebol, que nasceu com os Clubes dos 13, e foi morta, em razão dos interesses escusos da Rede Globo.
A Copa acabou, mas o sonho, ainda não, o sonho de ver renascer, uma Liga de Futebol, e a derrocada, da hegemonia, do monopólio, da exclusividade nefasta de Rede Globo, que mentêm os clubes reféns, de suas benesses. Enquanto, os clubes estão com a bola murcha nas mãos, vendo seus futuros ídolos, sendo vendidos a preço de banana, em relação aos valores lá fora, em tenra idade, sem criar um forte laço de identidade com o clube e seu torcedor.
A Copa acabou, e do jeito que vai, se e nada fizermos, o futebol brasileiro também. Em razão da exportação de mão de obra, barata e qualificada, nossos craques desfilam por lá e por aqui só ficam o que não serve por lá, e devemos nos contentar? Nesse ínterim os estádios, hoje arenas, dá pena, andam cheios de espaços vazios, não há a mesma atração, os artistas do espetáculo, jogam longe daqui.
A Copa acabou, e parece que nessa Copa, o amor irrestrito e insubstituível à seleção cai tal qual o Neymar, hoje não mais torcemos como antigamente, tinha jogador que nem mesmo vi ou sabia que existia, é verdade, só mesmo que acompanha mais amiúde o futebol mundial, conhecia que falava a mesma língua que a nosso, que era brasileiro, embora jogando há muito no estrangeiro.
A Copa acabou, e a seleção da CBF/TITE, deve e tem que deixar de ser o que é, pra ser verdadeiramente, dos brasileiros, com jogadores que jogam por lá, mas não só ou de lá. É preciso reformular, e preciso mudar, e todos nós torcedores da arte do futebol temos o dever de participar, seja como for.
A Copa acabou, mas, jamais o nosso sonho deve acabar, há de vim dias melhores, dias em que a democratização do futebol brasileiro se faça presente, clubes equilibrados e saudáveis financeiramente, mudanças profundas nas eleições dos mesmos e das entidades, uma Liga de Futebol Brasileira, para dirigir o futebol brasileiro, abertura da todas as mídias que queiram pagar um preço acessível a todos, sem exclusividade, sem monopólio. Quem sabe o hexa venha se realizar?
A Copa acabou, e pra não dizer que não falei do Bahia, sentir muito pela contusão do Daniel Alves, o Talisca, foi chamado pelo o futebol, mas sobretudo para impedir que viesse a ser cooptado pela seleção Portuguesa, eles são maquiavélicos, jogando por aqui, o impediu de atuar por qualquer outra seleção, caso se naturalizasse por lá.
A Copa acabou, e ainda falando do Bahia, não vejo, com bons olhos, pois vejo, e reitero, não desejo, um fim de ano, de muitos sofrimentos, vamos ver como se sairá amanhã, contra o Vasco, e no próximo domingo contra o Vitória. Não damos sorte com os nossos presidentes, quando são bons de negócio são péssimos dirigentes de futebol, e no caso do Bahia, vai gastar muito, já pagou caro para trazer Guto, pagou caro para trazer o atual técnico, e vai pagar caro para mandá-lo embora e depois vai ser um corre-corre para trazer um Salvador, espero e desejo que esteja errado!
A Copa acabou, e quase acabou sem dizer VIVE LA FRANCE, tem as cores do meu Bahia, tem um lema histórico e mundialmente conhecido: “Liberté, Égalité, Fraternité,” anseio que até hoje ficaram no papel, seu povo e um dos mais racistas da Europa, os imigrantes da África, América latina, e dos demais países da periferia da ordem mundial, sofrem o pão que o diabo, amassou, mesmo vendo que sua seleção é composta por quase 50% de filhos de imigrantes, e tendo um filhos, destes imigrantes dando-lhes uma Copa, o Zidane.
Hoje quem sabe terão mais imigrantes como o melhores do Mundo, como MBappé, Pogba, e mesmo assim o seu povo acha-se melhor que os outros povos, só Adolfo pode explicar, é ele mesmo Adolfo Hitler, pode explicar, os fanáticos tem explicação para tudo, mesmo para as coisas mais absurdas!
A Copa acabou, o nosso sonho do Hexa não, enquanto isso VIVE LA FRANCE Bicampeão do Mundo, mas sobretudo à todos os povos que por lá vivem, pois a única raça que existe e a HUMANA, o resto são nuances de pigmentos raciais! LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE A TODOS OS POVOS QUE VIVE ENTRE O POVO FRANCÊS!
Lázaro Sampaio, torcedor do Bahia, amigo e colaborador do Futebol Bahiano.