Muitos jogadores, seja do Bahia ou do Vitória, vivem a expectativa pela conquista do primeiro título baiano da carreira, exemplo dos destaques de ambos os times: O tricolor Vinícius e o rubro-negro Neílton. Mas o que dizer de um cara que carregam na bagagem seis títulos baianos pela dupla BA-VI, três por cada lado. Falo do volante Bebeto Campos, que marcou época com a camisa do Leão – clube onde foi revelado – e depois se tornou ídolo também no Esquadrão.
Depois de surgir no Vitória e conquistar o primeiro tricampeonato da história do clube, de 1995 a 1997, Bebeto Campos chegou ao Fazendão em 1998, após passagem breve pelo Fluminense. No tricolor, o volante jogou por cinco anos e ficou até 2003, estando em campo nas duas únicas conquistas que o Esquadrão conseguiu dentro do Barradão: o Baiano de 1998 e a Copa do Nordeste de 2002, para dois anos depois (em 2004) pendurar as chuteiras pelo Paysandu.
Além do hexacampeonato baiano, Bebeto Campos também marcou o nome na história dos dois maiores clubes baianos ao ser tricampeão da Copa do Nordeste: Em 1997, pelo Vitória, e em 2001 e 2002, pelo Bahia. Questionado sobre qual clube irá torcer na final do Baianão deste domingo, o ex-jogador ficou em cima do muro, afinal, com o coração dividido se torna complicado escolher um dos dois clubes onde é tratado como ídolo.
Informações de Gabriel Rodrigues ao CORREIO
Veja trechos da entrevista do jogador:
“Eu, graças a Deus, consegui vencer seis títulos, três pelo Vitória, três pelo Bahia, o que para mim é muito importante. Título é sempre importante e eu sempre consegui pelas duas equipes […] O coração do Bebeto é complicado, gosta muito das duas equipes. Eu sou muito grato ao Vitória, muito grato ao Bahia, agradeço pela oportunidade de ter jogado por esses dois times. A torcida do Vitória gostava muito de mim, a do Bahia também, e por isso eu vou ficar de fora dessa. Quem for campeão no domingo eu vou ficar feliz”
“Eu que tive a oportunidade de atuar nas duas equipes e por conhecer bem o Barradão, fui criado lá, ser campeão em cima do Vitória lá dentro para mim fui muito bom. Eu tinha acabado de sair, fui para o Fluminense do Rio e depois para o Bahia, foi uma alegria imensa. Na época nosso time era muito bom, tinha Uéslei, Robson Luís, Clébson, Fábio Baiano… Uma grande equipe e a gente conseguiu essa conquista lá dentro”
“Clássico se decide muito em detalhes, é motivação. Eu, e qualquer jogador que jogou futebol, sempre fiz de tudo para jogar um clássico, é um combustível extra. Acho que o Bahia tem que ter inteligência, já tem essa vantagem que o empate serve. Mas não tem que jogar pelo empate, tem que conseguir fazer gols para sair com o título”