3º colocado no Campeonato Baiano e despontando com o melhor clube do interior do Estado da Bahia, a Juazeirense, é o único representante do nosso futebol no Campeonato Brasileiro da Série C. O time estréia na competição em 14 de abril, diante do Confiança da vizinha cidade de Sergipe em partida agendada para o Estádio Adauto Moraes, em Juazeiro. Está será a vigésima nona edição na competição e assim como os campeonatos brasileiros da Série A e B, contará com 20 clubes, onde os quatro mais bem colocados ganharão acesso à Série B de 2019 e os dois últimos colocados de cada grupo na primeira fase serão rebaixados à Série D de 2019.
O torneio este ano comporta clubes que já estiveram na primeira divisão do Campeonato Brasileiro como Náutico, Santa Cruz, Bragantino, Joinville, e outros de certa estrutura e tradição como o ABC e Remo. O Campeonato duro e somente no Grupo A da Juazeirense, comporta 4 campeões estaduais.
O técnico Luís Antônio Zaluar em entrevista publicada no site oficial do clube, mostrou-se plenamente confiante com o papel que o clube deve desempenhar na competição, no entanto, revela a necessidades de reforços já que o clube neste momento só conta com 21 jogadores profissionais no elenco
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A menos de 10 dias da estreia, o que deve ser priorizado para que a equipe faça um bom jogo?
Como já está perto para a estreia, vamos manter a base que vem jogando. Não teríamos como mudar em tão pouco tempo. É recuperar o ritmo. Demos uma parada de cinco dias até para prevenir futuras lesões. Aumentamos a carga essa semana, fizemos um exame completo nos jogadores, todos continuam no peso e esse é um fator positivo. Nesse aspecto a gente está bem. Acima de tudo é trabalhar na recuperação dessa folga e depois dos reforços que vão chegar é tentar encaixá-los na equipe para ver a melhor forma de jogar. O mais importante é que a gente já tem a base e essa base vai ser mantida.
Como você vê a busca do clube por reforços para a Série C?
A Juazeirense tem uma necessidade iminente de reforços. Por que hoje temos um grupo de apenas 21 atletas profissionais. Praticamente o mesmo grupo que a gente teve no Baiano. Mas a Serie C é um campeonato muito mais longo, mais disputado e, além disso, nós vamos jogar duas competições simultaneamente, já incluindo a pré-Copa do Nordeste. E um plantel com 21 jogadores é muito pouco para a gente fazer um campeonato do porte da Série C, com viagens desgastantes, jogos intensos. Precisamos de peças de reposição dentro do plantel. Precisamos de um número de 30 a 31 jogadores para suportar bem. Podem ser que só na nossa chave tenham quatro campeões estaduais e sem dúvidas nenhuma precisamos nos reforçar sim.
Em tese, quais seriam os adversários mais fortes nessa primeira fase?
É uma chave muito difícil. Dos nove, já temos o ABC campeão estadual. Náutico, Botafogo e Remo ainda disputam o título em seus estaduais. Pode ser que a gente comece o campeonato só na nossa chave com quatro campeões estaduais.
Vai ser uma briga muito grande. Temos dois objetivos a serem cumpridos. O primeiro deles é segurar a Juazeirense na Série C, já que é a primeira vez que o clube joga um campeonato nacional desse porte. Acredito eu que com 21, 22 pontos o clube garante a permanência. E pra classificar entre os quatro, calculamos 34 pontos. Esses 34 é mais do que ganhar todos os jogos em casa, já que vamos jogar 27 pontos em casa. Nesse cenário ainda teríamos que conseguir mais duas vitórias e um empate fora de casa. Então é um aproveitamento de talvez 60%, mais ou menos o que tivemos no Baiano, mas o nível de competitividade na Série C é muito mais acirrada. Cada ponto vai ser importantíssimo para nós.
Você já promoveu pelo menos 8 jogadores da base. Como você esse trabalho de aproveitamento da base?
Esse trabalho é um trabalho paralelo que faço. Pelo que soube aqui na Juazeirense nunca houve época em que oito jogadores dos juniores fizessem parte do plantel do profissional. No campeonato baiano um já jogou, que foi o Eduardo (contra o Atlântico). E três já ficaram no banco: o goleiro Bruno, o zagueiro Gabriel e o atacante Neném. É um número muito interessante. Esses jogadores descem para o sub-20 e têm conseguido resultados expressivos, marcando gols na maioria das partidas.
É um trabalho gradativo, é algo que não temos que ter pressa. Tendo oportunidade eles vão entrando no time e daqui a dois anos, se houver continuidade nesse tipo de trabalho, naturalmente a Juazeirense não vai precisar contratar tantos jogadores. Fico feliz em lançá-los. Principalmente dois jogadores que estão desde o início: Gabriel e Eduardo, que vejo como o futuro do clube. O goleiro Bruno também oferece todas as condições.
Os demais estão evoluindo e ganhando experiência. Quero deixar um legado do nosso trabalho que marque bastante esse caminho para a Juazeirense, pois o segredo de um clube de menor investimento é lançar jogadores. Futuramente um deles sendo titular é um bom negócio para o clube lançar para o mercado e fazer investimento na estrutura.