Completamente desconhecido do meio esportivo. Nunca exerceu cargo seja em clubes ou federações, mesmo sem nunca ter apresentado qualquer projeto para comandar o futebol brasileiro, sem apoio de clubes como Flamengo e Corinthians, além das principais federações do Brasil (Rio e São Paulo) Ainda assim, Rogério Caboclo, de 45 anos, foi eleito nesta terça-feira (17) o novo presidente da CBF.
Ele assumirá o cargo em abril do ano que vem e ficará no comando do órgão máximo do futebol no Brasil por quatro anos, até abril de 2023. Rogério Caboclo contou com o apoio político do atual presidente Del Nero que é acusado pelo FBI de receber propina na venda de direitos de torneios e deve ser banido pela Fifa até o final do mês.
Participaram da eleição as 27 federações estaduais, os 20 clubes da Série A e os 20 clubes da Série B. Entre os clubes que jogam a primeira divisão, foram registrados 17 votos para a continuidade de Marco Polo Del Nero e no total recebeu 135 dos 141 possíveis. ( Foram contra, Flamengo, Corinthians e Atlético-PR) Na Série B os 20 clubes votaram na chapa de Caboclo.
Como se nota, apesar dos enormes problemas enfrentados, especialmente de imagem, o dirigente afastado permanece com o prestígio intacto com os presidentes de federações estaduais dos clubes ao ponto de eleger seu sucessor com uma votação além de expressiva.
Porém, é bom não esquecer, a CBF distribui para cada federação R$ 75 mil pelo PAF (Programa de Assistência às Federações), além disso, os presidentes de cada entidade ganham R$ 20 mil por mês da CBF. Já os clubes, difícil entender os votos.