Encerrou-se neste domingo mais uma edição do Campeonato Baiano com o Bahia levantando mais um caneco ao vencer novamente o seu maior rival, agora na casa de dele pelo placar de 1 x 0. Vamos comemorar, festejar afinal, vencer o adversário local, seja em qual arena ou seja lá as circunstância ou no que venha resultar é para comemorar, afinal, neste tipo de clássico o prazer não é apenas vencer, e sim, vê o adversário se curvar.
No entanto, o torneio da FBF não deixará qualquer tipo de saudade, e, sobretudo não deixará proveitos ou ganhos. Não tenho acesso às finanças dos clubes, mas posso garantir que o prejuízo financeiro foi certo para todos eles. Se alguém ganhou algum trocado, certamente foi a Federação Bahiana de futebol.
Nenhum jogador revelado, nenhum jogador dos times do interior despertou interesse até agora, nenhuma partida ou fato digno de registro relevante aconteceu, o torneio apenas se arrastou como anos anteriores, e só despertou interesse no Domingo passado, com a realização do primeiro Ba-VI na Fonte Nova que mobilizou o torcedor Bahia e hoje na finalíssima com os 30 mil torcedores do Vitória no Barradão.
Acaba o Campeonato e se encerra quase três meses de marasmo e mesmice misturado com a pouquíssima competitividade em um retumbante atraso para um futebol quando de fato pensado como profissionalizado.
Agora se aposenta as calças curtas e entra em campo as calças compridas com o Campeonato Brasileiro da Série A, que se inicia no sábado para o Vitória, enfrentando o Flamengo e o para Bahia no Domingo encarando o Internacional de Porto Alegre, lá no Beira-Rio.
Mantido a pegada dos anos anteriores notadamente para o Esporte Clube Vitória, iremos observar uma autentica transformação de valores. O Leão que foi em valente no Baiano desde o primeiro momento se transforma numa espécie de JACOBINA melhorado, digo, apenas correndo atrás de pontos suficiente para evitar o martelo pesado do rebaixamento. O Leão vem dado aulas e proferindo autentica palestras na arte de sofrer e fazer sofrer os seus torcedores nos dois últimos brasileiros. Campanhas simplesmente vergonhosas.
É notório que o Esporte Clube Vitória precisa de reforma que vai do piso ao telhado, não tão somente em qualidade como também em quantidade.
O Bahia nem tanto. Ainda em fase de reconstrução sobreviveu no ano passado através de um parto natural, mas sem dor e até além do esperado, que se diga, quando findou a competição em 12ª colocado após marcar 50 pontos e parte destes créditos, podem ser colocado na conta do técnico Paulo César Carpegianni que chegou e consertou o bonde andando para lugar incerto.
Após conquistar o campeonato e comemorar, chegará o momento de se questionar se o que temos AGORA é o suficiente para realizar novamente uma “campanha segura” como prometida e concretizada no ano passado. Pelo equilíbrio e, sobretudo, pelo desaparecimento dos antigos GIGANTES do sul, creio que o tricolor precisa de poucos reforços, especialmente no ataque, setor do clube onde acredito ser o único frágil.
Campeão! Veja os melhores momentos de Vitória 0 x 1 Bahia no Barradão