Vai acontecer com Júnior Brumado igual ao que aconteceu ano passado com Juninho Capixaba que só ganhou oportunidade quando Guto Ferreira foi embora, pois ele preferia escalar os improdutivos Pablo Armero e Mateus Reis. O mesmo aconteceu com Edigar Junio, que apenas se tornou titular como centroavante quando Hernane se contundiu e não tinha outras opções no banco, pois caso contrário, dificilmente ele escalaria o mesmo nesta posição.
O pior de tudo é que depois de tudo ele ainda arruma desculpa por não usar Capixaba por ser jovem e depois posou nas entrevistas como se tivesse descoberto o mesmo e ter adaptado o outro como centroavante. Para esse ano, o Esporte Clube Bahia precisa de um treinador vencedor e que se encaixe na filosofia do clube e que tenha um padrão de jogo que se encaixe com os jogadores que temos atualmente.
Acredito que o planejamento de 2019 do Bahia precisa começar ainda nesse primeiro semestre:
O melhor caminho para o Bahia seguir uma trilha de sucesso deveria formar o seu próprio treinador, aproveita a oportunidade do Campeonato Brasileiro de Aspirantes (Sub-23), contratar um treinador promissor: Rogério Micale, Antônio Carlos Zago, Fabiano Soares, Péricles Chamusca ou algum outro que se adeque ao estilo de futebol do Bahia) faz um contrato com o escolhido e o coloca para treinar durante 2018 o sub-23 e em 2019 o mesmo assumiria o elenco principal.
Seguindo esse caminho de formação de treinadores visando o planejamento de 2020 é observar alguns técnicos de ligas menores e/ou auxiliares técnicos (podendo ser dentro do Bahia atualmente ou ex-jogares) fechar um contrato e o coloca para treinar o time sub-20, posteriormente o sub-23 e como consequência numa eventual saída do treinador do time principal já teríamos um treinador preparado, que conhece o elenco, conhece a base do clube, a filosofia do clube e a cultura do clube e a pressão da torcida, ao invés de colocar na fogueira como foram os casos de Charles Fabian e Preto Casagrande.
Um dos pontos principais é fazer um contrato “bem amarrado” após isso, como parte da formação dos treinadores, coloca o escolhido (ou os escolhidos) e o envia para fazer cursos de formação na Europa (que e onde se pratica o bom futebol) durante 6 meses a um ano, fazer estágio em alguns clubes europeus (focando também o aspecto de formação de novos talentos), e depois deste período o mesmo retornaria para assumir o time Sub-20, depois o sub-23. Com esse processo o profissional estará habituado ao estilo Bahia de jogar futebol conhecendo a divisão de base do clube, sabendo quem são os jogadores com maior potencial e a partir disso a base do time principal passaria a ser o time sub-23.
Com isso eu só vejo vantagens, vou citar algumas abaixo:
1 – A base do time principal sempre será feita em cima das divisões de base, uma vez que o treinador já vai conhecer os garotos e estarão habituados ao treinador o que tornaria a adaptação dos garotos bem natural ao time principal;
2 – Treinador e jogadores terão identificação com o clube;
3 – O clube terá um padrão de jogo que será praticado desde o infantil até o time principal, isso gerará economia com contratações de jogadores, que passariam a pontuais de fato e ainda poderíamos identificar as falhas na formação dos jogadores;
4 – A folha de pagamento tende a ser mais baixa, pois os jogadores formados pelo clube não terão seus salários inflacionados pelas a especulação do mercado. Devido a isso o Bahia pode estabelecer um teto salarial (como muitos clubes hoje praticam) em consequência ter um plano de cargos e salários.
3- O Bahia se tornaria um clube formador de talentos, consequentemente irá lucrar com a venda dos jogadores formados (tanto para o futebol nacional, quando o internacional) gerando capital para o clube (algo já feito hoje por Ajax-Hol, Benfica-Por e outros);
4- Com mais dinheiro em caixa o clube pode ampliar cada vez mais a rede de formação e captação de talentos e ter na cidade tricolor equipamentos e profissionais de primeiro mundo e sendo um centro de excelência, o que abriria espaço para abrir outros centros em outros estados ou em outros países na América Latina e Central.
Existem muitos outros benefícios diretos e indiretos, mas para isso é preciso que a torcida também contribua e tenha paciência com nossos talentos da base. Além de que os próximos presidentes mantenham esse projeto, visto que seus frutos virão a longo prazo.