A situação do Vitória não está nada fácil. O “rombo” deixado pela antiga gestão, segundo o presidente Ricardo David, segue atrapalhando o clube, principalmente nas renovações com seus jogadores ou no acerto com reforços, que até o momento está zerado. Diga-se, o Leão deve fechar 2017 sem anunciar nenhuma contratação.
A única transação que a nova diretoria praticamente fechou foi a venda de David para o Cruzeiro, especulada em R$ 8 a 10 milhões mais manutenção de 23% dos direitos econômicos. Não oficialmente, mas o Leão está acertado com o atacante Denilson, de 22 anos, que jogou no São Paulo e no Avaí em 2017.
Até então, apenas o volante Uillian Correia renovou contrato, até o final de 2019, porém, a confirmação somente em 2018. O jogador, que pertencia ao Cruzeiro, fica em definitivo no Leão que adquiriu os seus direitos junto ao Cruzeiro.
A situação do lateral-direito Caíque Sá segue complicada. O empresário do atleta revelou que o Vitória fez uma oferta e ele apresentou uma contra-proposta. No entanto, até o momento a diretoria não se pronunciou. O contrato do jogador vence dia 31 e para ficar com ele o Leão tem de pegar R$ 1,4 milhão ao Joinville.
O lateral-esquerdo Juninho, que terminou o ano se recuperando de lesão, é outro que negocia a renovação de contrato. Este, porém, tem conversas avançadas e não deve ser um complicador.
Já Kanu, as negociações têm se arrastado. O jogador quer aumento salarial e seu empresário diz que se trata de uma valorização, que seria de 30% (seu salário atual é R$ 100 mil). O Vitória, por sua vez, não aceita aumentar o salário. Especula-se nos bastidores que a diretoria pretendia ainda reduzir os vencimentos, o que teria irritado o procurador do atleta.
O meia Carlos Eduardo e o atacante André Lima também negociam a permanência no Vitória, este último tem propostas de outros clubes. O colombiano Santiago Tréllez, com contrato até 2018, rejeitou a proposta de renovação com aumento salarial oferecida pelo clube. O jogador informou a diretoria que aceitou a proposta do Corinthians.
O problema que atrasa as negociações tem nome: Dinheiro. O Vitória afirma que não vai fazer loucuras e renovar contrato com aumento salarial, por conta do rombo no caixa.
Na reunião do Conselho Deliberativo, na última segunda-feira, foi aprovado um orçamento emergencial de R$ 16 milhões para os dois primeiros meses de 2018, já que a proposta do ex-presidente Agenor Gordilho, em R$ 77 milhões para os 12 meses, foi vetada.
Sem citar nomes, o presidente Ricardo David disse que será difícil renovar com alguns atletas por conta do vazamento da folha salarial do elenco. De acordo com o relatório do Conselho Fiscal, elaborado em outubro, o Vitória chegaria ao final de 2017 com um rombo de R$ 10 milhões.