O ex-jogador Neto hoje comentarista de TV Bandeirante, segue criando polêmicas, aliás, uma ferramenta muito utilizada por alguns membros da imprensa esportiva para ganhar notoriedade. Agora o problema foi com a Polícia Militar do Rio de Janeiro. O jogador havia feito criticas a PM quando o atacante Clayson foi “detido” após a derrota do time paulista para o Botafogo. Ele foi acusado de agredir dois policiais militares, prestou depoimento e depois foi liberado para se juntar a delegação corintiana.
A policia Militar em nota defende os policiais envolvido no acontecimento, faz críticas a fala do comentarista e promete apurar formas de legais de se posicionar contra a declaração do comentarista que foi considerada de linguajar chulo.
Confira a nota da PM:
“Lamentáveis as declarações do ex-jogador e comentarista Neto num programa esportivo da TV Band de São Paulo, durante um comentário sobre o jogo entre Botafogo e Corinthians, realizado segunda-feira, 23/10, à noite no estádio Nilton Santos.
Com linguajar chulo, o comentarista criticou, em tom de ofensa, os policiais do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) que foram agredidos por dois atletas da equipe paulista enquanto faziam a escolta dos árbitros da partida. Agindo como determina o protocolo da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, os policiais conduziram os dois jogadores agressores para o Jecrim (Juizado Especial Criminal).
Os jogadores de futebol, os principais protagonistas do espetáculo, precisam assumir a responsabilidade de que são exemplos para a sociedade, especialmente para crianças e jovens em formação. E, pelo que fizeram, devem responder criminalmente na esfera do Jecrim e disciplinarmente no âmbito da CBF, entidade máxima do futebol brasileiro e responsável pela organização do maior torneio nacional do mundo.
Quanto ao comentarista Neto, além de tentar justificar – e em última instância estimular – práticas antidesportivas demonstrou aos seus telespectadores seu parco conhecimento sobre segurança pública, embora seja, como disse, filho de policial militar.
Ao fazer uma vinculação descabida entre a atuação do GEPE e da força-tarefa que atua na Rocinha, o comentarista deveria ter o mínimo de respeito aos policiais que, num cenário de alta tensão e estresse, ocupam há mais de um mês aquela comunidade para pôr fim a uma guerra entre criminosos rivais armados com fuzis, pistolas e granadas. Foi ainda mais irresponsável ao citar o exemplo da morte da turista espanhola, ao insinuar que o policial que efetuou o disparo teve a intenção de matar uma inocente.
Em resumo, o comentarista cometeu um desrespeito inaceitável à Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, uma Corporação bicentenária que ostenta uma vitoriosa história, defendendo e servindo à população do nosso estado. E também ao GEPE, que faz parte dessa história e se transformou numa referência nacional por seu trabalho em segurança de estádios.
Além de registrar repúdio às declarações proferidas pelo comentarista esportivo da Band, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro tomará as devidas ações legais. A nossa Corporação defende intransigentemente a liberdade de imprensa e de expressão, mas dentro dos limites do respeito à dignidade humana e das instituições.”