Na verdade a Campeonato do Nordeste sofreu um forte golpe. Me refiro a alteração das datas do próximo ano, ocorrendo em paralelo com o Brasileirão. Os efeitos são altamente danosos, já que os clubes do Nordeste, não possuem orçamento para compor elencos com um grande número de jogadores em condições de disputar duas competições (e talvez 3, em caso de classificação para a Sulamericana, ou pior ainda com uma possibilidade mais remota, ao competir na Libertadores).
São competições de bom nível, com viagens desgastantes, muito diferente da situação vivida em 2017, quando o time tricolor poupava os jogadores no fraco Ednaldão, para focar no Nordestão, ou até no caso do Vitória, concorrendo nos 2 campeonatos, sendo que no Baianinho, as distâncias são menores, mesmo assim foram poupados os jogadores em algumas partidas, além da intensidade das disputas sem menor, logo, menos desgastante.
Não tenho dúvida em afirmar que o Nordestão é um dos motivos de termos tantos times da região competindo na primeira divisão nos últimos anos.
A sensação é que isso é para forçar os times a focarem nos falidos campeonatos estaduais da região, sem retorno econômico, com baixo nível técnico, atuando em pastos e sem dar uma visibilidade maior às suas marcas e às dos seus patrocinadores. Ou seja, a impressão que dá, é que tudo é feito para prestigiar as desmoralizadas federações estaduais, a CBF e muito provavelmente, prejudicando um concorrente da Rede Globo e os clubes da região.
Intencional, ou não, esta decisão precisa ser revista, ou caso contrário, os clubes deveriam sair da tutela da CBF e criar uma liga do Nordeste de fato.
Ramon – Torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Baiano.